Parque Eólico de Sento Sé e o problema com assoaciados
O Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA) criticou a atuação da empresa Tractebel, responsável pela implementação do Parque Eólico na região norte do estado. O presidente da entidade, Carlos Henrique Passos, afirmou que associados têm a sensação que a participação no processo de análise de propostas é um “faz de conta”. “Empresas têm sentimento de que a participação tem um quê de faz de conta, que na verdade se trata de algo pré-definido”, afirmou.
De acordo com Passos, a empresa solicita propostas às empreiteiras baianas apenas para cumprir a cláusula exigida pelo governo do estado como contrapartida, mas sequer dão um feedback sobre o material apresentado. O Sinduscon-BA, inclusive, já recorreu à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), mas pondera que não há como o governo exigir pela contratação de uma construtora baiana para realização das obras. “[…] Que as oportunidades verdadeiras sejam dadas às empresas da Bahia, porque há entendimento de que as empresas baianas gastam 100% dos seus gastos aqui, o resultado da obra vai ser reinvestido na Bahia. É um processo natural que é bom para a economia, que as obras sejam feitas por empresas baianas. Isso não quer dizer reserva de mercado nem que não haja oportunidade para outras empresas de outros estados”, acrescentou Passos. O empresário descarta, por enquanto, a possibilidade de acionar a Justiça por acreditar que o diálogo seja eficiente.
Conforme relatou ao Bahia Notícias, há dois meses o assunto tem aparecido nas conversas com a SDE, principalmente após uma notícia publicada relatando a insatisfação do setor (confira aqui). “Prefiro apostar ainda no diálogo, porque pode abrir caminhos para que se possa entender e clarear. Às vezes nossas conclusões podem ser fruto dessa falta de resposta”, concluiu.