Partidos rejeitam cadeira no TCE em troca de vaga na chapa do governo
Os petistas têm confiado na oferta de uma vaga na Corte de Contas como uma forma de articular um quinhão para um dos partidos, já que a composição majoritária, a ser encabeçada pelo secretário da Casa Civil, Rui Costa, não guarda lugar para representantes das duas siglas.
Nesse cenário consta que a vaga ao Senado, conforme já antecipado, pertence ao PSD, do vice-governador Otto Alencar. Dessa forma, a Vice continua sendo a “menina dos olhos” dos progressistas e pedetistas. Há quase um ano com a pré-candidatura ao governo baiano nas ruas, o presidente da Assembleia manda o recado ao destacar que seu alvo continua sendo o Poder Executivo.
“Minha conversa é uma só: sou candidato a governador por decisão majoritária do meu partido, o PDT”, disse. Nilo segue firme no plano de conquistar um abrigo ao lado de Rui Costa. “Se o governador nos chamar – ele é o nosso líder, o nosso técnico, podemos nos sentar à mesa de negociação –, mas por enquanto, ele não nos convocou”, disse, enfatizando a expectativa em torno de um diálogo com o líder estadual.
Segundo Nilo, nessa conjuntura, o PDT não demonstra interessepor outra cadeira. “O PDT nunca pleiteou espaço no TCE. Nunca nem passou pela minha cabeça”, disse, reconhecendo em seguida que era “um cargo excelente, mas nunca pensei”.
O presidente estadual do PP, deputado federal Mário Negromonte, também teria sinalizado que à sigla progressista cabe a busca por um lugar na composição do governo. A reportagem da Tribuna, o deputado não evidenciou a rejeição pela posição no TCE, mas ressaltou que tal hipótese não estava em articulação.
“Isso foi um acordo do passado e não era nem envolvendo o TCE, mas sim o TCM. O líder partidário fez questão de frisar que o clima é de tranquilidade em torno da formação da chapa. “Não temos pressa. Estamos tranquilos e sem estresse. O governador é quem vai estabelecer isso. A imprensa está com mais pressa que a gente”. Segundo Negromonte, o governador conhece o tamanho do partido e os espaços, portanto, cabe a ele decidir.
Apesar de minimizar os rumores sobre o assunto, nos corredores da Assembleia, consta que a vaga na chapa teria sido fonte de preocupação da cúpula progressista, que em peso se reuniu na segunda em um gabinete da Casa.
Fonte: Tribuna