Paulo Câmara também deve substituir o Subcomandante da Polícia Militar

A troca do comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco foi bem recebida pela tropa.

Coronéis ouvidos pelo Blog responsabilizam o secretário de Defesa Social pelo ocorrido. Para eles, teria partido
de Antônio de Pádua a ordem para reprimir a manifestação como forma de dar cumprimento ao decreto de Paulo Câmara, proibindo aglomerações, em razão do agravamento da pandemia no Estado. Pádua, porém, não assumiu que tenha dado a ordem para que o Batalhão de Choque fosse deslocado para a área das manifestações e para que entrasse em ação. Ele também não negou ou revelou, até o momento, de quem teria partido a ordem.

A troca do comandante geral da Polícia Militar de Pernambuco foi bem recebida pela tropa. Conforme apurou o Blog da Noelia Brito, o novo comandante geral,coronel José Roberto de Santana é tido como uma pessoa comedida e que escuta muito. Tendo passado por diversos Batalhões, tem vasta experiência.

Além da substituição do coronel Vanildo Maranhão pelo coronel José Roberto, o Blog apurou que o subcomandante geral da PM pernambucana, Coronel André Pessoa Cavalcanti, deve ser substituído pelo Coronel Fernando Aníbal de Lima, que já teria recebidoo convite para assumir o posto.

Ainda segundo nossas fontes junto à Polícia Militar, o coronel André Pessoa Cavalcanti, que não era dos mais queridos entre seus pares e que é ligado ao ex-secretário Antônio Figueira, deve ser remanejado para um cargo no Detran.

As trocas dos ocupantes dos postos chaves da Polícia Militar de Pernambuco ocorrem em meio à crise que foideflagrada pela repercussão nacional negativa da violência policial praticada contra manifestantes durante um protesto ocorrido no último dia 29, contra o presidente Jair Bolsonaro, no Recife.

Coronéis ouvidos pelo Blog responsabilizam o secretário de Defesa Social pelo ocorrido. Para eles, teria partido de Antônio de Pádua a ordem para reprimir a manifestação como forma de dar cumprimento ao decreto de Paulo Câmara, proibindo aglomerações, em razão do agravamento da pandemia no Estado. Pádua,porém, não assumiu que tenha dado a ordem para que o Batalhão de Choque fosse deslocado para a área das manifestações e para que entrasse em ação. Ele também não negou ou revelou, até o momento, de quem teria partido a ordem.

Um coronel com vasta experiência no comando de Batalhões e de várias operações disse ao blog, em reserva, disse que, com a permanência do Secretário, não muda muita coisa, pois o poder do comandante é limitado. “O secretário, é ele quem movimenta as peças do tabuleiro. Eu não acredito que tenha sido o comandante geral quem deu a ordem para que o Choque saísse do quartel. O Choque é uma tropa aquartelada, você sabe que o Choque, ele só sai, o Choque é uma tropa bruta, é uma tropa que vai pra decidir. Os caras ficam no quartel o tempo todo, quando sai é pra bronca. Agora, quem é que determina que ele ele saia? É o Secretário de Defesa Social. Então eu acredito que a ordem tenha saído dali.”

O Secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, desde ontem tem se reunido com autoridades do Estado, para quem tem prestado esclarecimentos sobre a ação desastrosa da Polícia Militar Pernambucana, que mereceu críticas pesadas até do seu comandante maior,o governador Paulo Câmara, que divulgou no início da noite de ontem, um vídeo em que afirma não querer uma Polícia que atira nos rostos das pessoas e que impede que as vítimas sejam socorridas, mas que quer uma Polícia que respeita os direitos humanos. Paulo Câmara se referia ao fato de terem resultado duas pessoas gravemente feridas, com perda parcial da visão,ao serem alvejadas com balas de borrachas disparadas pelo Batalhão de Choque durante as manifestações do sábado 29. Aos mais de 15 deputados à cúpula do MPPE, com quem se reuniu, Antônio de Pádua, também não deu pistas de quem seria o responsável pela ordem,mas já é ponto pacífico para todas as pessoas ouvidas pelo Blog que por conta própria é que os soldados não agiram.

Fonte: Blog da Noelia Brito

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