PDT diz que só sai do governo Dilma se houver demissão
No mesmo dia em que o PSB tomou a decisão de “desembarcar” do governo Dilma, deputados e senadores do PDT também se reuniram em Brasília para decidir se entregavam ou não o Ministério do Trabalho, ora ocupado pelo secretário-geral do partido, Manoel Dias, e alvo de denúncias de irregularidades.
“O PSB está saindo (do governo) porque tem um candidato à Presidência da República (Eduardo Campos) e o PDT está saindo porque o nome do partido está indo para a lama”, disse o deputado federal e ex-ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT).
O senador Cristóvam Buarque (PDT-DF) também defende a saída do partido, do governo, mas não tem apoio na maioria da bancada federal.
Quem mais resiste a entregar os cargos é o líder da bancada na Câmara Federal, deputado André Figueiredo (CE).
Segundo ele, o partido não pretende sair do Ministério do Trabalho. Ou seja, se a presidente Dilma Rousseff quiser, peça-o.
O líder admite que o posicionamento do PDT para as eleições do próximo ano não é consensual. “Uns querem candidatura própria, outros apoio a candidatura do governador Eduardo Campos, outros manter a base de apoio à presidenta Dilma”, disse ele. “Mas isso só será resolvido mais adiante”. (Inaldo Sampaio)