Com a aposentadoria do conselheiro Paulo Maracajá, a vaga aberta do Tribunal de Contas do Município (TCM) deverá ficar com o PP. A informação foi confirmada pelo deputado federal Mário Negromonte (PP), nome cotado para preencher a lacuna. A confirmação afasta a possibilidade de a sigla, que abocanhou a vaga de vice-governador na chapa governista, bater testa com o PDT, pois o PP, conforme rumores nos últimos dias, indicaria um nome para o Tribunal de Contas do Estado (TCE), indicação também prometida ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo (PDT).

“Foi um compromisso do governador com o partido, vamos ficar com a vaga do TCM. Quanto a meu nome ser o possuidor da vaga, eu ainda não sei, nós vamos discutir isso. Tenho que consultar minhas bases, os prefeitos, os deputados, inclusive o meu filho, deputado Mário Negromonte Jr., para poder tomar uma decisão”, declarou o pepista.

Com a nomeação do TCM, o caminho para o PDT fica aberto para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) por conta das aposentadorias dos conselheiros Filemon Matos e Zilton Rocha. O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), possível detentor da indicação, deve emplacar o deputado estadual João Bonfim (PDT) e o PT: o ex-secretário do Planejamento e deputado federal Zezéu Ribeiro (PT).

O governador, em coletiva do anúncio do vice de Rui Costa (PT), deixou entendido que as vagas deveriam ficar com o PP, PT e PDT e enalteceu a importância das “instituições partidárias para serem valorizadas com as indicações”.

Nilo critica distribuição de vagas por partidos

Quem está de olho no processo de preenchimento da vaga do TCE é o deputado Marcelo Nilo (PDT). Magoado por não ter possuído o cargo de vice-governador de Rui Costa (PT), ele declarou apoio o seu colega de partido, deputado estadual João Bonfim (PDT), e adotou um discursou contrário do governador Jaques Wagner (PT). Nilo se colocou contra a distribuição dos cargos dos tribunais por partidos e enalteceu o trabalho decisivo da Assembleia Legislativa no processo eleitoral de escolha.

“Errada a forma de distribuir as vagas por agremiações políticas. Não pode ser assim. Sou contra. Tem que ofertar a função para quem pleteia, quem tem gabarito. O deputado João Bonfim demonstrou interesse, eu voto nele e peço voto, mas quem decide são os 63 deputados”, afirmou.

Questionado se há algum acordo para encaixar o PP no TCM, fato confirmado pelo deputado federal Mário Negromonte (PP) e se o governador já conversou sobre o assunto, Nilo negou e mandou um recado: “Se Negromonte afirmou que Wagner firmou compromisso de assumir a vaga, então eles vão ter que ir para Assembleia pedir voto. São os deputados que escolhem”, sentenciou.

Magoado e renegado do cargo de vice-governador que tantoalmejava, à imprensa, o Nilo chegou, há alguns dias, a alegar que os planos do governador de emplacar algum filiado do PP a uma vaga poderia ser difícil. O pedetista argumentou que a negociação para o TCE ou para o TCM passaria por suas mãos e que a Assembleia seria o fiel da balança. O deputado ainda deu uma indireta para uma possível briga, pois havia dito que a vaga de vice “quem define é o governador”, entretanto, o Tribunal “passa pelo presidente da Assem­bleia, porque sou eu quem bota para votar”, comentou em tom ameaçador aos planos petistas e pepistas.