Opinião
Seja em qualquer cenário, mesmo Luciana Santos perdendo Ciência e Tecnologia, Pernambuco aumentará seu espaço na Esplanada dos Ministérios na reforma que o presidente Lula deve anunciar amanhã ou, no máximo, na próxima quinta-feira. Com Silvio Costa Filho em Portos e Aeroportos, o Estado sairá de três para quatro pastas.
Luciana não ficará desempregada. Se o PSB abocanhar seu gabinete, a ex-prefeita de Olinda e atual presidente nacional do PCdoB, será transferida para a pasta da Mulher ou Direitos Humanos. Ambas não têm o orçamento nem tampouco a estrutura de Ciência e Tecnologia, mas permitem que ela continue com o status de ministra.
Quem perde uma pasta, na verdade, é o PSB. Se o desenho mostrado pela mídia se confirmar, com Márcio França, atual titular de Portos e Aeroportos, sendo deslocado para a Indústria e Comércio, no lugar de Geraldo Alckmin, o partido reduzirá seu espaço, de dois para um Ministério, já que Alckmin, neste caso, voltaria a sua condição única e exclusiva de vice-presidente.
No quadro de hoje, Pernambuco tem, além de Ciência e Tecnologia, o Ministério da Defesa, ocupado por José Múcio, escolha pessoal de Lula, e Pesca, com André de Paula. São ministérios sem expressão, sem recursos e sem força política, mas são considerados espaços de Pernambuco, Estado que já teve muito mais força em outros governos, como Sarney, FHC e Itamar.
Com Itamar, um pernambucano foi ministro da Fazenda, o ex-governador Gustavo Krause. Na era Sarney, o Estado teve Marco Maciel na Educação, depois na Casa Civil e ainda Marcos Freire na presidência da Caixa Econômica Federal. E na gestão de Michel Temer, Pernambuco ocupou o MEC novamente, com Mendonça Filho, e Cidades, com Bruno Araújo.
Por: Magno Martins