Por Luiz Roberto Marinho – As forças de segurança pública em Pernambuco somam hoje 26.154 agentes, mas enquanto os efetivos da Polícia Civil cresceram 14,6% nos últimos dez anos, o quadro dos policiais militares caiu 16,9% no mesmo período. É a quinta maior perda de policiais militares em todo o Brasil.

Os dados, que acabam de ser divulgados, são do estudo Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil, minuciosa pesquisa de 110 páginas realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, respeitada ONG que coleta dados e propõe políticas públicas para o setor.

Revela o estudo, com números estado por estado, que os agentes da Polícia Civil pernambucana, incluindo a polícia técnica, eram 4.896 em 2013 e somam atualmente 5.611, uma progressão de 14,6% no período. Já o contingente de policiais militares diminuiu, caindo de 19.926 há 10 anos para 16.563, agora, uma redução de 16,9%.

O estudo do FBSP ressalta que a estrutura das polícias no Brasil é única no mundo, com uma polícia uniformizada – a PM – encarregada do patrulhamento, e a outra, a Civil, responsável pelas investigações e pelo registro das ocorrências de delitos.

O total das forças de segurança em Pernambuco, relata a pesquisa, soma 26.154 agentes, assim divididos: 16.563 policiais militares, 4.663 policiais civis, 4.210 guardas municipais, 2.531 bombeiros, 1.449 policiais penais e 948 integrantes da polícia técnica.

Informa o estudo que, em relação às quantidades previstas de agentes da segurança pública em Pernambuco, apenas 46% das vagas na Polícia Civil estão preenchidas e 59,3 % das vagas na PM estão ocupadas.

No cálculo da taxa de agentes por mil habitantes, os índices de Pernambuco são inferiores à média nacional, com 1,8 da PM e 0,3 da Polícia Civil, contra 2 da PM e 0,5 da Polícia Civil na média nacional.

Participação feminina – O número de mulheres nas duas corporações pernambucanas é maior, contudo, do que a média nacional: elas são 14,5% na PM (contra 12,8% no país) e 28,1% na Polícia Civil (quando a média nacional é de 27%).

A PM com maior número de mulheres no país é a do Amapá, na qual elas representam 27,9% da corporação, enquanto na Polícia Civil do Rio Grande do Sul está o maior contingente feminino, com 43,1% do total.

O estudo Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil informa haver no país, abrangendo Polícia Civil, PM, bombeiros militares e guardas municipais, exatos 796,1 mil profissionais distribuídos em ao menos 1.595 órgãos de segurança federais, estaduais e municipais.

De todas as instituições que atuam na segurança no Brasil, a maior delas, em quantidade de profissionais, é a Polícia Militar, cujo efetivo em 2023 era de 404.871 agentes, correspondente a 51% dos profissionais de segurança pública do país. Em números absolutos, as maiores PMs estão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Ceará.

As polícias civis são a segunda instituição em número de profissionais, aponta a pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública: são 95.908 policiais, representando 12% do efetivo nacional. São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os estados que possuem maiores efetivos de policiais civis.