Pedro Serrano: ‘Tarcísio e Zema são tão genocidas quanto Bolsonaro, mas disfarçam’

O jurista e professor Pedro Serrano aponta as táticas da extrema direita, ressaltando a periculosidade de figuras como Tarcísio e Zema

Pedro Serrano e Tarcísio de Freitas
Pedro Serrano e Tarcísio de Freitas (Foto: Reuters | ABr)

O jurista e professor Pedro Serrano em entrevista ao programa Brasil Agora, da TV 247, afirjmou que os extremistas de direita mantêm duas características comportamentais marcantes: a propensão à mentira e a ocultação de suas posições verdadeiras, uma vez que intuem ou têm consciência de que essas posições são contrárias aos valores humanistas.

Serrano afirma que figuras como Jair Bolsonaro são indesejáveis para a própria extrema direita e apontou para políticos como o governador Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG) que, segundo ele, tem as mesmas características genocidas e incivilizadas de Bolsonaro, mas se escondem atrás de um disfarce político mais moderado.

“Eles preferem o Tarcísio e o Zema, que são tão extrema direita, genocidas e incivilizados quanto Bolsonaro. Eles se encantam com essa tragédia que houve no Guarujá em termos de vingança e violência policial. E o Zema saiu com uma história racista contra o Nordeste. Isso demonstra a natureza do pensamento. Na hora que ganha like eles manifestam o que eles são e pensam”, analisou.

Além disso, Serrano adverte para os riscos que o país enfrenta em termos democráticos. Ele levanta a preocupação de que o uso excessivo da violência estatal na defesa da democracia pode gerar problemas ainda mais complexos. Para ele, cada vez que o Estado recorre intensamente à violência para resolver um problema público, a tendência é que surjam novos problemas no interior dessa crise.

“Existe algum risco que a gente corre em termos democráticos? Sim. Se a gente se limitar ao uso da violência legítima do estado na defesa da democracia, nós podemos ter problemas. Toda vez que se usa intensamente a violência de estado para resolver um problema público, a tendência é surgir um outro problema público no interior dessa crise”, completou.

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