Penitenciária diz que não pode cuidar de Roberto Jefferson: ‘extremamente frágil’
Ex-deputado Roberto Jefferson enfrenta quadro depressivo e dificuldades de saúde enquanto aguarda decisão sobre prisão domiciliar
A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) divulgou uma declaração afirmando que não possui os recursos necessários para oferecer tratamento médico adequado a Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente de honra do PTB, informou o jornal O Globo. Jefferson encontra-se internado em um hospital privado na capital fluminense, aguardando uma decisão sobre sua prisão domiciliar. A situação do ex-deputado ganhou destaque após uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ordenou uma avaliação médica de Jefferson. Uma junta médica foi enviada ao hospital onde ele está internado, e seus resultados preocupantes foram divulgados.
De acordo com o relatório da junta médica, Roberto Jefferson apresenta uma estabilidade “extremamente frágil”. Ele foi diagnosticado com um quadro depressivo, além de mostrar “incapacidade de se nutrir”. Os médicos constataram que o ex-deputado estava visivelmente emagrecido e sofrendo de insônia, distúrbios depressivos e falta de apetite. O documento oficial da Seap enfatiza: “Baseado nos diversos exames e no exame físico, a Junta médica oficial concluiu que, apesar da condição do paciente/custodiado ter tido alguma melhora, sua estabilidade é extremamente frágil; seu grau de desnutrição ainda é elevado e necessitará de acompanhamento constante”.
O hospital onde Jefferson está internado chegou a sugerir que o paciente poderia ser transferido para uma instituição prisional, o que gerou preocupação devido ao seu estado de saúde precário. A defesa do ex-deputado, que busca a prisão domiciliar, argumentou com base em uma avaliação de profissionais particulares, que destacaram a fragilidade da saúde de Jefferson e a necessidade de um ambiente mais adequado para seu tratamento. A decisão sobre a prisão domiciliar de Roberto Jefferson agora repousa nas mãos do STF.