Perseguidores de Lula já compõem uma legião

Joias de Souza

Responsáveis pela primeira condenação de Lula na segunda instância do Judiciário, os desembargadores Leandro Paulsen, João Pedro Gebran Neto e Victor Luiz dos Santos Laus foram incorporados ao rol de perseguidores do presidenciável do PT. Em discurso no ato de formalização de sua candidatura ao Planalto, Lula declarou que o 3 a 0 anotado no TRF-4 é fruto de um “cartel”. Nessa versão, a condenação unânime não passaria de uma combinação de magistrados partidários para fazer de um ex-presidente honestíssimo um político corrupto.

As pessoas que se dedicam à perseguição política de Lula já compõem uma legião notável. O grupo não pára de crescer. Protagonista de nove processos, seis dos quais já convertidos em ações penais, o presidenciável petista tem no seu encalço investigadores da Polícia Federal, auditores da Receita Federal, procuradores da República de Curitiba e de Brasília, magistrados lotados nas duas praças, delatores em profusão e até repórteres golpistas… Súbito, quando Lula ainda se concentrava na demonização de Sergio Moro, entraram em cena os magistrados do TRF-4.

Ironicamente, dois dos desembargadores que condenaram Lula —o relator Gebran e o revisor Paulsen— foram indicados para o tribunal pela então presidente Dilma Rousseff. A grande verdade é que a orquestração de que Lula se diz vítima realmente existe. Só que com outros personagens. Companheiros levando inquéritos na flauta; empreiteiros e aliados montados na gaita, Gleisi e Lindbergh soprando o trombone sob o telhado de vidro. Na regência, o próprio Lula. Sempre na mesma toada: “Tudo não passa de perseguição política.”

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