Pesquisa Atlas mostra Boulos na liderança para a Prefeitura de São Paulo e empate com Nunes no 2º turno

De acordo o levantamento, Boulos tem 42,4% e Nunes 42% das intenções de voto no segundo turno

Guilherme Boulos | Ricardo Nunes
Guilherme Boulos | Ricardo Nunes (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados | Isadora de Leão Moreira/Governo do Estado de São Paulo)
A mais recente pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Estado de S. Paulo, revela que o deputado federal Guilherme Boulos (Psol) mantém a liderança na corrida pela Prefeitura de São Paulo, mas com sinais de alerta. Boulos aparece com 33% das intenções de voto, uma queda em relação às pesquisas anteriores, onde registrava 37% em maio e 36% em junho. O atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), segue em segundo lugar, mas com uma trajetória oposta: cresceu de 21% em maio para 25% neste mês.

Além de Boulos e Nunes, o levantamento aponta um empate técnico na terceira posição entre o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), a deputada federal Tabata Amaral (PSB) e o apresentador José Luiz Datena (PSDB), dentro da margem de erro. Marçal tem 11,4%, Tabata 11,2% e Datena 9,4%. Os demais candidatos, Marina Helena (Novo), Ricardo Senese (UP), Altino Prazeres Jr. (PSTU) e João Pimenta (PCO),  ficaram abaixo de 5%. Cerca de 5,6% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou anulariam o voto e 0,6% disseram não saber ainda em quem votar.

Apesar de ainda liderar a disputa, a sequência de quedas nas intenções de voto de Boulos preocupa, enquanto o crescimento de Nunes é visto como um fator positivo para o prefeito. “De maneira geral, diria que a melhor notícia dessa rodada é para Nunes, porque está conseguindo crescer mesmo neste contexto, com Datena e Marçal”, afirma Andrei Roman, CEO da AtlasIntel. “Havia uma especulação sobre a possível canibalização dos votos dele pelos outros dois, mas parece que isto não está acontecendo”.

Roman aponta que a entrada de Pablo Marçal e Datena na corrida representava uma ameaça significativa para Nunes, especialmente por ocuparem o mesmo espectro político. No entanto, os dados mostram que Nunes conseguiu manter seu eleitorado. Segundo Roman, Marçal não conseguiu se consolidar como o candidato da base bolsonarista, já que Jair Bolsonaro (PL) vem declarando apoio a Nunes, o que prejudica as chances do ex-coach.

O cenário do segundo turno também foi explorado na pesquisa. Boulos venceria Marçal (44,1% a 35,2%) e Datena (39,9% a 29,5%), mas empataria tecnicamente com Nunes (42,4% a 42%). Contra Tabata Amaral, Boulos teria uma vantagem mais confortável (37,7% a 27,4%), embora o número de votos brancos e nulos neste caso seja elevado (30,1%). Em um cenário sem Boulos, Nunes derrotaria Datena por 38,7% a 28,9%, mas perderia para Tabata por 43,4% a 38,3%.

Quando questionados sobre os principais problemas da cidade, 60,2% dos entrevistados apontaram a criminalidade como a maior preocupação, seguida pela saúde (51,6%) e pela educação (35,1%). A atual gestão de Nunes foi especialmente mal avaliada no quesito “ordem urbana e segurança pública”, com 46% considerando o desempenho “péssimo” e 19% “ruim”. As obras públicas também receberam uma avaliação negativa significativa, com 31% dos entrevistados classificando a gestão como “ruim” e 29% como “péssima”.

Em relação à percepção dos eleitores sobre figuras políticas, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lidera com 48% de avaliação positiva, seguido pelo presidente Lula (PT) com 41% de aprovação e Jair Bolsonaro, que tem 36% de avaliação positiva. A imagem negativa de Lula e Bolsonaro, porém, é alta, com 55% e 62% de rejeição, respectivamente.

A pesquisa ouviu 2.037 pessoas por meio de formulários online entre 2 e 7 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada sob o número de identificação SP-05924/2024 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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