Pesquisadores ligados ao MIT, dos EUA, dizem agora que não houve fraude em reeleição de Evo

Denúncia da OEA desencadeou um processo que culminou com o golpe, que forçou Evo Morales a renunciar

Uma dupla de pesquisadores norte-americanos, ligada ao Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), elaborou um relatório, no qual questiona a “fraude” eleitoral encontrada por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) na Bolívia. O fato desencadeou um processo que culminou com o golpe, que forçou o reeleito Evo Morales a renunciar.

O relatório de John Curiel e Jack Williams foi encomendado pelo Centro de Pesquisa Econômica e Política (CEPR), com sede em Washington, e publicado na quinta-feira (27), no jornal The Washington Post.

Os pesquisadores divulgaram o que descobriram em um artigo intitulado “A Bolívia rejeitou suas eleições de outubro por fraude. Nossa investigação não encontrou motivos para suspeitar de fraude”.

“Como especialistas em integridade eleitoral, descobrimos que as evidências estatísticas não apoiam a alegação de fraude nas eleições de outubro na Bolívia”, garantiram Curiel e Williams.

O chefe de gabinete da Secretaria-Geral da OEA, Gonzalo Koncke, enviou uma carta aos editores do The Washington Post rebatendo o relatório.

Koncke afirmou que o artigo de Curiel e Williams “contém várias falsidades, imprecisões e omissões”.

CEPR

O CEPR informou que “qualquer análise e interpretação das descobertas nesse relatório expressam unicamente os pontos de vista dos autores, investigadores do laboratório eleitoral do MIT”.

“Não conseguimos encontrar resultados que nos levem à mesma conclusão que a OEA. Acreditamos que é muito provável que Morales tenha obtido a margem de 10 pontos percentuais necessários para vencer no primeiro turno das eleições em 20 de outubro de 2019”, destacaram os pesquisadores, no site do CEPR.

Com informações de O Estado de S. Paulo

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