Petrolândia: prefeito a espera de um adversário

Opinião

Em Pernambuco, as eleições municipais que despertam mais curiosidades rareiam. Caruaru é uma das exceções, porque é o único centro do Interior mais avançado, com densidade eleitoral expressiva, que a governadora Raquel Lyra (PSDB) não pode sair derrotada, não somente por ser sua terra natal, mas por ter governado o município e nele dado o start como gestora.

Ali, o prefeito Rodrigo Pinheiro, que era seu vice, lidera todas as pesquisas, mas com cenário de segundo turno, tendo como adversário o ex-prefeito Zé Queiroz (PDT). Além de não ser um adversário frágil, o segundo turno é uma nova eleição e vai depender das suas peculiaridades.

Uma delas seria o envolvimento do prefeito João Campos (PSB), caso venha a ser reeleito no primeiro turno. Isso provocaria uma antecipação de 2026 do embate entre Raquel e João, cenário imprevisível, a depender também do número de prefeitos que o PSB venha a eleger.

Se os partidos de oposição, juntos, elegerem um exército de prefeitos maior do que o de Raquel, melhor para Zé Queiroz, que contará com os ventos soprando para ele, agregando em seu palanque toda oposição. Jaboatão está pintando um segundo turno entre o prefeito Mano Medeiros (PL) e o ex-prefeito Elias Gomes (PT), enquanto em Olinda o que se vislumbra é um segundo turno entre Mirela Almeida (PSD), a candidata do prefeito Lupércio e Izabel Urquiza (PL).

Petrolina, maior colégio eleitoral do Sertão, deve reeleger o prefeito Simão Durando (UB) logo no primeiro turno. Ali, o adversário mais competitivo era o ex-prefeito Júlio Lóssio (PSDB), que voltou a ter problemas de saúde. Já em Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB) fez um leque de obras tão significativo que tende a dar um passeio em seu principal adversário, o ex-prefeito Izaías Régis (PSDB), líder do Governo Raquel na Assembleia.

Um caso raro, mas não inusitado, se observa em Petrolândia, a 410 km do Recife, já no Sertão de Itaparica. Bem avaliado, o prefeito Fabiano Marques (Republicanos) não tem ainda adversário, a três meses das eleições. Tudo porque não surgiu até o momento um nome com coragem cívica para enfrentar o quase imbatível Fabiano.

Por: Magno Martins

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