A operação Lucas 12:2, deflagrada pela Polícia Federal (PF) hoje, teve como alvo diversas figuras do entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – como o advogado Frederick Wassef e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens dele –, mas não o alcançou diretamente.
Segundo investigador ouvido pelo blog da Andréia Sadi, no entanto, esta possibilidade não está descartada: a investigação que culminou na operação de hoje segue, diz a fonte, e ainda há uma série de diligências a serem realizadas, como quebras de sigilo e análises de contas.
Um ponto central na investigação que ainda precisa ser esclarecido, de acordo com a fonte, é o motivo por que a Arábia Saudita e outros países deram tantos presentes ao governo Bolsonaro.
Em visitas oficiais à Arábia Saudita, ao Catar e aos Emirados Árabes, a comitiva do ex-presidente Bolsonaro recebeu presentes como relógios, joias, esculturas e armas de fogo.
O investigador também aponta o fato de que as joias dadas pela Arábia Saudita, como Chopard e Rolex, não são típicas do país, como costumam ser os presentes dados a chefes de estado em visitas oficiais.