Pintura de Banksy é vendida por quase 10 milhões de dólares
Obra leiloada é uma versão de “Ponte japonesa”, de Monet. Valor arrecadado supera expectativas e é o segundo mais alto já pago por um quadro do artista britânico.
Uma pintura do artista de rua britânico Banksy foi leiloada por 9,9 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de reais) na noite desta quarta-feira (21/10) em Londres. A obra chamada Show me the Monet é uma versão de um famoso quadro do impressionista francês Claude Monet.
O valor arrecadado superou as expectativas dos leiloeiros da Sotheby’s, que previam que a obra seria arrematada pela metade desse montante. O quadro foi comprado por um colecionador anônimo da Ásia.
A pintura a óleo de Banksy é inspirada na obra Ponte japonesa de Monet, mas com algumas adesões à versão original. O artista britânico incluiu dois carrinhos de compras e um cone flutuando na idílica lagoa.
Criada em 2005, a obra integrou uma exposição que trazia reinterpretações de quadros famosos. “O verdadeiro dano ao nosso meio ambiente não é causado por grafiteiros e adolescentes bêbados, mas por grandes empresas e arquitetos preguiçosos”, afirmou Banksy sobre a pintura na época.
O valor alcançado no leilão é o segundo maior já pago por uma obra do artista, segundo a casa de leilões. Em 2019, o Parlamento de chimpanzés – que retrata a Câmara dos Comuns ocupada por chimpanzés – arrecadou quase 10 milhões de libras.
Em 2018, o leilão da Garota com balão causou sensação após o quadro ser rasgado em tiras ao passar por um triturador de papel escondido na parte inferior da moldura, logo após a sua venda. Banksy divulgou em sua conta oficial no Instagram uma imagem da ação. Após a destruição, a obra passou a ser chamada de Love is in the Bin (O amor está no lixo).
Banksy, cuja verdadeira identidade é desconhecida, começou sua carreira fazendo grafites em Bristol e acabou se tornando um dos artistas contemporâneos mais conhecidos do mundo. Ele ganhou fama por abordar temas controversos, como a falta de moradia e a pandemia de covid-19, e fazer críticas sociais. Suas obras costumam aparecer em locais inesperados.