PMs viram réus por torturar e tentar matar major durante curso

Acusados também teriam forjado a morte simulando ser Covid-19

Da Redação

Major se recuperou, mas teve perda parcial dos movimentos
Major se recuperou, mas teve perda parcial dos movimentos – 

Sete policiais militares do estado de Goiás viraram réus por torturar e tentar matar um major da corporação. A ação criminosa teria acontecido durante um curso do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em outubro de 2021. O processo foi aberto na Auditoria Militar do estado.

A audiência de qualificação do caso foi marcada para 12 de setembro deste ano. Foram denunciados os coronéis, David de Araújo Almeida Filho e Joneval Gomes de Carvalho Junior (ainda chefe da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública de Goiás), além do tenente-coronel Marcelo Duarte Veloso.

Segundo denúncia do Ministério Público, a vítima foi torturada com varadas, pedaços de madeira e açoites de corda durante três dias seguidos no 12º Curso de Operações Especiais do Bope, na Base Aérea de Anápolis. A violência foi tanta que o oficial ficou em coma profundo, com lesão neurológica grave, sem responder a nenhum estímulo e com rabdomiólise.

As investigações apontaram que os acusados tentaram fingir que o oficial estava internado com Covid-19. Ainda conforme o MP, a ideia era que o major morresse no hospital e fosse enterrado em caixão lacrado, assim, a simulação não seria descoberta. Após se recuperar teve uma perda parcial de movimentos e 30% dos rins comprometidos.

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