Polêmica na transferência de policiais e descontentamento em Lagoa Grande
Da Redação
O ano de 2012 começou com uma polêmica entre os quadros do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM). No alvo da questão está o remanejamento de 12 PMs da corporação em Petrolina para batalhões do Recife e Região Metropolitana. O fato causou surpresa para a Associação de Cabos e Soldados Militares de Pernambuco, entidade que representa a classe.
Segundo o representante da associação, sargento João Saraiva, conhecido popularmente como Sargento Saraiva, a decisão da PM não se justifica, sobretudo pelo fato de que os policiais que deixarão Petrolina estão entre os mais qualificados. “O Alto Comando da PM ou o governo do estado podem até alegar que seja pela operacionalidade destes policiais, para ajudarem a combater a criminalidade na Região Metropolitana. Mas em Petrolina sabemos que os índices de violência também não são pequenos”, argumentou o sargento.
Ele lamenta ainda o fato de que a corporação não está enviando ninguém a Petrolina para suprir a ausência dos profissionais que estão saindo. “Todos os policiais remanejados são de Petrolina e têm residência fixa na cidade. Com a medida, terão de fazer outros custos na Região Metropolitana”. Ele lembrou, inclusive, que um dos PMs vem cuidado há dois anos da esposa, que tem sérios problemas de saúde. “Se é uma hipoteca, se há diária, eles não foram comunicados se desejavam ir ou não ir. Vamos apelar para as autoridades políticas e para a Câmara de Vereadores no intuito de evitar a decisão”, informou.
Sobre o assunto, o coronel Carlos Pereira informou que o procedimento da PM é absolutamente normal. “Isso está dentro da normalidade. Policiais de Petrolina, Ouricuri, Santa Maria da Boa Vista foram convocados no mesmo sentido. É uma hipoteca e não tem nada de punitivo nisso. Recentemente até os comandantes foram mudados através de determinação superior”, esclareceu.
O coronel Carlos informou também que os policiais ainda não se apresentaram ao Comando da PM no Recife. “Nenhum se apresentou ainda, todos alegando vários motivos superiores. O que acho é que devem cumprir a ordem, mostrar um bom desempenho operacional e aí pleitear o retorno ao batalhão em um procedimento normal. O entendimento da associação não ajuda, seria mais prudente acatar a determinação e depois voltar ao batalhão onde estão lotados”, concluiu.
Acusação em Lagoa Grande – Por outro lado, a moradora do povoado de Vermelhos, em Lagoa Grande, Maria Socorro da Silva, afirmou que não concorda com a transferência dos policias e condenou ações de alguns militares durante festa de virada de ano no povoado. “Eu sou mãe e vi uma cena nessa virada de ano que até hoje estou pasma, é injusto nós cidadãos termos que se calar diante das cenas que acontecem. A Prefeita de Lagoa Grande promoveu uma festa para as famílias no povoado de Vermelho, que se reuniu em um clube, simplesmente quando a policia chegou no local acabou com a festa, eles mandaram parar tudo e em seguida arrancaram as crianças das nossas mãos e levaram para Petrolina. As nossas crianças pareciam ser bandidos, agora me diga é um erro eu levar meu filho para uma festa?. Meu irmão tentou ir com meu filho até Petrolina e eles não deixaram, o interessante é que eles só levaram as crianças e não explicaram por quais motivos, depois de algumas horas mandaram chamar o conselho tutelar, mas até hoje não estivemos nenhuma resposta sobre o fato. A policia deveria melhorar o seu comportamento, aqui a ação da policia nós dar medo”, lamenta.
Com informações de Karine Paixão, Grande Rio