Polícia Civil solicita mandados de prisão para suspeitos de matar promotor

SUSPEITOS
Mandados de prisão preventiva foram solicitados contra os suspeitos de executar o promotor de Justiça Thiago Faria Soares, de 36 anos, na manhã desta segunda-feira (14). O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Campos em coletiva de imprensa nesta noite para esclarecer as circunstâncias da morte do promotor. Segundo o gestor, foi criada uma força-tarefa pra investigar o caso e 50 policiais civis e militares e seis promotores fazem parte da equipe. Integram a cúpula de diligências a Procuradoria Geral da República, a Polícia Civil e Militar de Pernambuco, além do Ministério Público.
Sobre as informações de que o promotor teria sido ameaçado anteriormente, Eduardo Campos disse que não há registro na polícia ou no Ministério Público sobre a ocorrência. As autoridades que se reuniram no Fórum de Itaíba, no Agreste de Pernambuco, para discutir a execução foram para a Delegacia de Águas Belas nesta noite dar continuidade às investigações. O corpo do promotor vem para o Recife, onde deverá ser feita a necrópsia. O sepultamento está marcado para as 15h30 desta terça-feira (15), no Cemitério de Águas Belas. O velório será na fazenda que a vítima morava.
De acordo com a polícia, o crime teria acontecido por volta as 9h, na PE-300, quando a vítima seguia em seu carro para o trabalho, no Fórum de Itaíba. Thiago estava com a noiva, Myshela Freire Ferrão Martins, e o tio dela em um Hyundai. O carro foi trancado por um Fiat Uno de cor preta e a vítima recebeu o primeiro tiro, no pescoço, provavelmente disparado por uma espingarda calibre 12. Quando o Hyundai parou definitivamente, os suspeitos efetuaram os outros disparos.
Não se sabe exatamente em que momento a noiva da vítima conseguiu escapar da abordagem. Informações preliminares indicam que ela teria pulado do carro, ainda em movimento, após o primeiro tiro. Ao terminar a execução, os suspeitos fugiram. Mysheva Freire foi atendida na Maternidade João Vicente, em Itaíba, com escoriações leves e já recebeu alta.
Ainda segundo a polícia, diversas linhas de investigação foram traçadas para se chegar aos suspeitos e motivação do crime. Thiago era formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, autor de livros jurídicos e professor de cursos preparatórios para concursos. Ele tomou posse como promotor em dezembro do ano passado.
Fonte: Diário de Pernambuco

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