Polícia ouve suspeitos de assasinato de menina de 7 anos
Por: Wagner Oliveira
Dois homens foram identificados e ouvidos na Delegacia de Homicídios de Petrolina, no Sertão, como suspeitos do assassinato da estudante Beatriz Angélica Mota, 7 anos, encontrada morta no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora na noite da última quinta-feira. Um dos suspeitos, segundo a polícia, é um ex-presidiário. Os dois homens, que não tiveram os nomes revelados, prestaram depoimento à delegada Sara Machado e foram liberados. Ambos negaram participação no crime.
A polícia aguarda o resultado das perícias para tentar encontrar provas contra os suspeitos. As imagens das câmeras de segurança do colégio já estão em poder da polícia. “Até o momento, não encontramos nada de suspeito nas filmagens, mas muita coisa ainda falta ser analisada”, disse um policial em reserva. A menina foi assassinada a golpes de facas e o corpo encontrado dentro de uma sala de material esportivo desativada.
Beatriz Angélica Mota estava acompanhada do pai, o professor de inglês Sandro Romildo, que leciona na escola, e também da mãe, Lúcia Mota, em uma solenidade de formatura. Enquanto as pessoas participavam da festa, a criança desapareceu. O pai chegou a subir ao palco, montado na quadra, para pedir ajuda das pessoas para localizar a filha. A arma usada no crime, uma faca tipo peixeira, foi deixada no corpo da criança.
Segundo a delegada Sara Machado, todas as imagens das câmeras de segurança do colégio e das redondezas estão sendo analisadas. “Também já temos algumas linhas de investigação, no entanto, ainda é prematuro informar quais delas são as mais prováveis ou qual foi a motivação do crime”, ressaltou a delegada. Ainda ontem, em Petrolina, Sara Machado falou sobre as investigações e disse que a garota não foi abusada sexualmente. “Não houve violência sexual, nem tentativa. A garota estava vestida. Por conta disso, a intenção específica era de matar”, afirmou Sara, acrescentando que “nenhuma motivação nessa intenção de matar pode ser descartada.”
Ainda de acordo com a polícia, a menina foi morta no mesmo local onde o corpo foi encontrado. “Pelas informações preliminares da perícia, a criança foi morta naquele local. O Instituto de Criminalística (IC) fez um levantamento no local para identificar estruturas físicas que possam ter impressões digitais, restos de pele ou fios de cabelos”, frisou a delegada.
O Diario de Pernambuco entrou em contato com o Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, que informou que estava colaborando com as investigações da Polícia Civil, inclusive já repassando as imagens registradas no momento do evento.
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