Polícia prende suspeitos de envolvimento em agressão em Copacabana

Por EXTRA

Em uma ação conjunta entre equipes do 19º BPM (Copacabana) e da 13º DP, policiais prenderam um suspeito e a apreenderam um adolescente apontados como participantes da agressão contra o empresário Marcelo Benchimol, de 67 anos, desmaiar na calçada, no último sábado, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na Zona Sul do Rio.

 

Segundo a PM, a localização dos suspeitos foi feita após um trabalho integrado de cruzamento de dados de Inteligência. Os agentes descobriram que a dupla utilizava o ônibus da linha 474 (Jacaré x Copacabana) para chegar até a orla da praia e cometer os delitos.

Durante as ações de fiscalização e abordagem, as equipes do 19º BPM interceptaram o homem e o adolescente. Durante a abordagem, na mesma Av. Nossa Senhora de Copacabana, pessoas reconheceram os detidos como participantes de roubos na região e houve um princípio de tumulto, que foi controlado pelos policiais. A ocorrência seguiu para registro na 13ª DP, responsável pela investigação sobre o caso.

Relembre o caso

 

Marcelo Benchimol saiu de casa no último sábado para ir para a academia. Enquanto caminhava pela calçada, avistou uma mulher sendo abordada por um grupo de criminosos, e decidiu ajudar. A personal trainer Natália Silva estava sendo cercada por 11 jovens. Ele acabou sendo atacado e caiu desacordado após levar um soco de um assaltante.

Antes de 'nocautearem' homem, assaltantes atacaram mulher em Copacabana
Antes de ‘nocautearem’ homem, assaltantes atacaram mulher em Copacabana

— Vi a uns 10 metros uma moça sendo atacada. Eu pensei: “ou eu fujo ou eu ajudo ela”. Optei por ajudar. E aí começou a pancadaria, até me desvencilhei, mas depois, por último, veio um rapaz e me deu um soco por trás. Eu estava de óculos, e os óculos enterraram no meu olho, e desmaiei. Só fui acordar na UPA, graças a dois bons policiais que me ajudaram — relatou Marcelo, que lembra de ter “sustentado” o soco no peito, mas que “foi muito difícil” resistir à dor dos óculos se quebrando contra seus olhos. — Se era adolescente, estava muito graudo, muito forte. Eu acho que tinha a minha complexão física. Ou até um pouco menor, mas eu não teria reconhecido.

No bolso, Benchimol trazia apenas um “celular velho”, que o ajudava a se guiar nos exercícios, conforme explica a arquiteta Selma Benchimol, de 65 anos, sua esposa, que precisa conter as lágrimas quando se recorda do que aconteceu no último sábado. O interfone tocou por volta das 20h: eram policiais militares, que traziam Marcelo de volta da UPA, ainda confuso, com tonturas, e sem enxergar direito, devido ao soco que levou.

As imagens de uma câmera de segurança, de pouco mais de um minuto, mostram a mulher caminhando com bolsas, no momento que um rapaz passa ao seu lado e, em seguida, volta para abordá-la. Ela se esquiva, vai para a rua e se arrisca, em meio aos carros em movimento, enquanto o grupo cresce, e ao menos cinco suspeitos a cercam, no momento em que o homem — de camisa branca e bermuda azul — aparece encurralado ao lado da primeira vítima.

Ao fugir, esse homem é empurrado contra um vaso de plantas, leva um chute e outro empurrão antes de ser acertado no rosto por um soco, que o faz cair desacordado no chão. Já caído, mais suspeitos se aproximam e conferem o que há no bolso da vítima.

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