Policiais civis fazem protesto na abertura da Fenearte, que conta com a participação da governadora

Governadora Raquel Lyra e secretário de Defesa Social participam da abertura da feira

Protesto de policiais civis – Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Nesta terça-feira (3), na abertura da 24ª Feira Nacional de Negócios de Artesanato (Fenearte), a governadora Raquel Lyra (PSDB), foi recebida no local por um protesto dos policiais civis do Estado.

Com cartazes, o grupo está gritando a frase “se não valorizar, a polícia vai parar”. O secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, está na feira na comitiva da governadora.

Os policiais civis foram impedidos de entrar na feira pela segurança do evento com as faixas e cartazes. Os servidores, então, deixaram o material do lado de fora e entraram no local.

Seguranças da comitiva da governadora e o deputado estadual France Hacker (PSB) conversaram com os manifestantes da Polícia Civil.

O Secretário de Defesa Social chegou a falar rapidamente com os policiais. Mas disse que a SDS não está na negociação, que é conduzida pela Secretaria de Administração do Estado. A secretária, Ana Maraíza, disse que está conversando com a categoria.

“Não existe falta de diálogo com o Governo. Já fizemos nove reuniões com o Sinpol, desde março. Foi a primeira categoria a sentar na mesa de negociação. Fizemos acordo com 85% do funcionalismo público. O que está faltando é eles quererem resolver”, afirmou Maraíza.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, disse que a categoria deliberou em assembleia fazer uma agenda conjunta com a governadora.

“Hoje teve o dia todo de paralisação e aprovamos em assembleia que onde ela estiver a gente vai estar, reivindicando investimentos na segurança pública. Ninguém aguenta mais tanta violência, é delegacia caindo o teto, infiltração, falta de efetivo, sobrecarga e o pior salário do Brasil. Não dá mais para continuar assim, inclusive porque ela propagou que tinha R$ 1 bilhão de reais em investimentos. Mas não chegou R$ 1 real para a Polícia Civil, responsável pela investigação dos crimes. A gente quer um governo que resolva o problema”, afirmou Cisneiros.

Ele relatou que a governadora chegou a ir no sindicato durante a campanha, em 2022. “Ela assinou um termo dizendo que iria reestruturar a Polícia Civil e completar o efetivo. Até agora, nada”, destacou.

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