População de Juazeiro refém do descaso
Do Ação Popular
A cidade cresceu sem plano diretor com ruas e avenidas estreitas
O transito é um dos violento do Nordeste
A cada dia surge um novo problema no município de Juazeiro na Bahia. A velha ladainha de usar a imprensa para informar à população que encontrou a prefeitura falida e de que não tem condições de executar determinados projetos de cunho social deixou de convencer o povo. Nem mesmo os próprios aliados acreditam nas pregações, mesmo porque todos sabem que o município arrecada mais de R$ 50 milhões todos os meses e ninguém sabe para onde está indo o dinheiro neste ano pré-eleitoral.
Na periferia o povo sobre com a falta de saneamento e calçamento
Em municípios de menores porte no sertão do São Francisco, prefeitos conseguem fazer saneamento, calçamento, ajeitar a saúde, educação, pavimentar estradas vicinais, abrir poços artesianos, limpar barragens, levar energia aos lugares mais distantes da sede do município, pagam os compromissos mesmo passando por sufoco, mas o que se vê em Juazeiro é uma cidade podre, feia, cheia de muriçocas, lixo, mato, insegurança, transito desgovernado, políticos do antes e do depois trocando farpas, sendo um pior do que o outro. Na periferia, as ruas e avenidas estão tomadas pelo abandono, cheia de buracos, igual a uma taba de pirulito.
Em Curaçá a receita é de quase 5 milhões e dar para fazer calçamento. Em Juazeiro com mais de 50 milhões, nada…
Toda época de chuva em Juazeiro a população sofre, inclusive no centro da cidade porque não houve, até o momento, um prefeito competente que resolvesse o simples e barato problema de drenagem. Nos bairros o abandono é geral, com ruas sem calçamento transformadas em lamaçal impossibilitando as pessoas de saírem de sua casas para o trabalho.
O prefeito Isaac Carvalho (PCdoB) diz que encontrou 70% dos corredores urbano sem pavimentação, e que o município será contemplado com 150 ruas calçadas através da ajuda do Governo Federal. Só que este projeto vem sendo anunciados desde o seu primeiro mandato e o povo deixou de acreditar, assim como o tal projeto do Anel Viário. Estes dados que o Ação Popular está expondo é porque foi para a periferia ouvir a comunidade. Saiu da sala com ar condicionado e não esperou que alguém passasse uma informação ‘chapa branca’ de que tudo iria bem; que o povo estivesse satisfeito.
Obra do Anel Viário parou antes de começar. Hoje só badalação e muita propaganda política eleitoral
Nunca Deus foi tão bom com o povo pobre como hoje por enviar pouca chuva. Milhares de famílias carentes que moram em bairros com área de risco, próximo aos canais continuam livres de uma suposta tragédia. Nunca se viu tantra insanidade na história de Juazeiro como hoje, a exemplo da prefeitura permitir a implantação de projetos imobiliários para a construção de residências ao lado de canais e debaixo de uma represa – a chamada barragem do S. Geraldo. O pior que isso está acontecendo debaixo do nariz da justiça, e ainda, muitas das construções levantadas foram com financiamento da Caixa Econômica Federal.
Desordenadamente cresce o numero de residências em áreas de risco
Outro fato bizarro é a construção do Instituto Federal na beira da BA 210, próximo ao bairro Juazeiro 4. As instalações foram construídas dentro de um buraco em área de alagamento com terreno impróprio. Ainda assim , bem ao lado foi construído prédio com apartamento e casas do Projeto ‘Minha casa, minha vida’. Do outro lado – bem próximo – se tentaram construir a pavimentação asfaltica da Rodovia Salitre por duas vezes, sendo que o dinheiro e a obra não foi concluída.
Duas verbas de emenda parlamentar chegaram e a estrada ficou assim
Juazeiro é uma cidade onde ex-gestores aloprados da era medieval só enxergam o município da Rua Antonio Pedro para a orla. Eles eram tão irresponsáveis que um grupo de coronéis da elite chegou a construir o Clube Sociedade 28 de Setembro, o outro grupo adversário, o Clube Sociedade Apollo Juazeirense. Já a pobreza se engalfinhava no Clube dos Artífices que teve como um dos construtores o ex-lider comunista Saul Rosas. Com o passar dos anos, mais aloprados assumiram os destinos do município sem saber o que era um plano diretor. O pensamento desse povo foi tão pequeno que deixou construir ruas e avenidas estreitas e hoje a população sofre com uma cidade abafada. Mas a baderna administrativa foi mais além a exemplo da construção do Colégio Juazeiro – hoje Edson Ribeiro em cima da Praça Barão do Rio Branco. Outro fato aberrante foi a construção da Catedral em cima da Praça da Bandeira.
Antiga orla
Antigo centro da cidade
Os crimes praticados contra Juazeiro são vários, dentre eles a demolição de monumentos históricos a exemplo da velha Estação da Leste, o atual abandono de outras duas que restaram, a demolição da balaústre da antiga orla, e ainda assim, o total abandono dos casarões da antiga FRANAVE que serve hoje de asilo para drogados e bandidos na orla 2.
Aqui deveria servir de área de lazer, mas os drogados e meliantes ocupam o espaço
Nem a cultura escapou, grandes tradições desapareceram a exemplo do São João, Reisado, Congado, etc. O tradicional carnaval nunca passou por tempos tão amargos como hoje, restou pouco para acabar. Mas devido à resistência do folião o prefeito Isaac terminou sendo enxotado de vaia quando passava em cima de um dos trios elétricos chapa branca em 2012. Foi a pior festa de Momo na história do município. Hoje com pretensão política/eleitoral para 2014 pretende fazer uma festa para comemorar os 100 de folia mesmo afirmando que os cofres da prefeitura estejam vazios e demitindo funcionários.
Narrar fatos verdadeiros como estes, é classificado para quem está no poder, ou fora dele, como subversivo. Quem não se lembra do escândalo projeto Juazeiro Verde, onde a grana veio e só foi concluído parte do projeto; quem não se lembra do projeto Orla 2 onde duas remessas de dinheiro chegaram e não foi feito nada; quem não se lembra dos projetos Cidade Porte Médio e Coura e a dinheirama desapareceu. Petrolina recebeu o mesmo valor e aplicou se tornando a princesa do Sertão e Juazeiro a terra da gatunagem; quem não se lembra dos recursos de convênios para asfaltar ruas e avenidas que desapareceram; quem não se lembra do dinheiro para construir o Aterro Sanitário que sumiu; quem não se lembra dos recursos que chegaram para calçar ruas que foram desviados e hoje todas elas estão no mapa do município como pavimentadas; quem não se lembra da negociata da venda do antigo pátio de feira livre onde funcionava FENAGRI e outros eventos; quem está esquecido das liberações de ordens para construções de loteamentos imobiliários com projetos criminosos para o município.
Projeto Juazeiro Verde, Parque de Calu, descaso com dinheiro público
Infelizmente, esse mesmo povo usa os veículos de comunicações e os palanques para dizerem que ‘AMA JUAZEIRO’.