População dividida com a decisão da justiça em tornar união estável homoafetiva
Da Redação
O julgamento do Supremo Tribunal Federal decidiu no mês passado que a união estável gay está juridicamente reconhecida no Brasil. Com expressiva maioria de votos, os ministros do STF reconheceram a união estável homoafetiva e seus efeitos jurídicos. A decisão cria um precedente nacional: gays podem manter uma união estável registrada no Brasil, sendo assim reconhecida pela justiça.
A reportagem do AP foi às ruas de Juazeiro e Petrolina saber o que as pessoas acham da decisão. O funcionário público, G.D. A, diz que é totalmente a favor, pois seria uma maneira de naturalizar as relações homoafetivas diante de quem ainda tem receio quanto ao assunto.
“As próximas gerações cresceriam sabendo que pessoas do mesmo sexo podem se casar e ter os mesmos direitos que as de sexos diferentes, até porque são relacionamentos como qualquer outro, e é inadmissível o preconceito e atitudes discriminatórias em pleno terceiro milênio”, explica.
Para a Pedagoga, Vanessa Medrado, a decisão é correta. “Eu apoio, todo mundo tem direito de ter uma união, o povo tem que parar de preconceito. Hoje em dia as coisas estão sendo invertidas, antigamente eles só queriam curtir e hoje eles querem compromissos sérios, portanto a justiça cumpriu o seu papel. Nada de discriminação com a opção sexual de cada um”, diz.
Por outro lado, existem as pessoas que são contra a decisão do STF. De acordo com o segurança, Elierson Cabral, a legalização deste tipo de união fere todos os preceitos naturais da vida, não só as leis de Deus, mas também a ordem natural e biológica das coisas. “O macho e a fêmea foram feitos para procriarem, homem com homem e mulher com mulher não procriam, logo, essa união é antinatural e não pode ser aceito por nenhuma sociedade”.
Já o comerciante, Agamenon Carvalho, afirma que a decisão vai contra a lei de Deus. “Meu pensamento é um pouco conservador nesse aspecto. Apesar de que qualquer pessoa ter os direitos de escolher a sua opção sexual, eu sou contra essa decisão da justiça. Acho que homem foi feito para namorar com mulher e vice-versa”.
Mesmo uns concordando e outros discordando, a decisão pode pedir o reconhecimento da união civil em cartório, ou juridicamente comprovar a união estável a fim de usufruir dos direitos comuns a casais heterossexuais.