No estudo publicado pela equipe na revista científica JAMA Network, os cientistas afirmam que ex-fumantes pesados (que fumaram pelo menos 20 cigarros por dia por 8 anos) precisaram de mais de 25 anos para que o risco desaparecesse.
Já os ex-fumantes leves voltaram ao risco semelhante ao de pessoas que nunca fumaram logo após abandonarem o vício no cigarro.
“Assim, ex-fumantes pesados devem ser considerados como tendo um risco de DCV equivalente ao de pacientes que continuam a fumar, e o tratamento deve ser planejado de acordo”, apontam os pesquisadores.
Durante a pesquisa, foram analisados dados de saúde de mais de 5 milhões de participantes, provindos do período entre 2006 a 2019. Além disso, idade, quantos anos tinham quando começaram a fumar, quantos cigarros fumavam por dia e a idade quando pararam também foram levados em consideração.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas em todo o mundo por ano. Ainda, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), parar de fumar mais cedo pode aumentar a expectativa. Alguém que para aos 30, por exemplo, ganha quase 10 anos.
“Esses resultados têm implicações importantes para a prática clínica e a saúde pública. Independentemente do status de cessação do tabagismo, o tabagismo e o risco de DCV apresentam uma clara associação dose-resposta, enfatizando a importância de prevenir completamente a iniciação do tabagismo”, concluem.