PR quer conversar com Jaques Wagner sobre a ocupação de espaço no governo
Integrantes da base estadual desde o ano passado, quando sacramentaram o apoio ao deputado federal Nelson Pelegrino (PT) na eleição para prefeitura de Salvador, os integrantes do PR esperam conquistar mais espaços no governo Wagner em 2014. Em meio à expectativa de mudanças imediatas, já que no mês de janeiro seis secretários devem deixar seus postos, o PR tem a chance de abocanhar novas posições na gestão estadual.
Cogita-se que a saída do secretário Domingos Leonelli (PSB) da pasta de Turismo deve possibilitar ao partido indicar o substituto para o cargo. Entretanto, nos bastidores, há rumores de que o PR estaria de olho em pastas de peso ainda maior, a exemplo de Desenvolvimento Urbano, atualmente, comandada por Cícero Monteiro (PT), ou Infraestrutura, que tem como dirigente o vice-governador Otto Alencar (PSD), com quem a liderança maior republicana no estado, o ministro dos Transportes, César Borges teve atritos este ano.
Os líderes do partido não assumem publicamente que devem reivindicar a consolidação de novos espaços na administração, mas sinalizam que esperam com ansiedade uma conversa com o governador Jaques Wagner para definirem essas questões. “Não tem nada nesse sentido”, disse o presidente estadual da sigla, o deputado federal José Rocha, se referindo à especulação sobre as pastas de Turismo, Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano.
Contudo, o dirigente ressaltou a expectativa de que esse diálogo aconteça em janeiro. “Nós não fomos abordados ainda pelo governador, que está fechado em copas. Estamos aguardando para colocar nossas posições”, disse José Rocha. O governador marcou para 15 de janeiro a saída dos secretários que pretendem disputar as eleições do ano que vem. “Com isso muito água deve rolar até o Bonfim”, considerou Rocha.
Partido quer crescer em 2014
O PR ainda aguarda que Wagner bata o martelo sobre o nome indicado para ocupar a presidência da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder). Após a saída de José Lúcio de Lima Machado para a Valec, a pedido do ministro César Borges, o governador ainda não teria escolhido o substituto oficial. Está assumindo de forma interina o cargo o diretor deHabitação do órgão, José Ubiratan Cardoso Matos. Apesar de ratificar a tendência de alguém do partido preencher o posto, o líder republicano não revelou o nome.
A chegada de José Lúcio à Conder foi a porta de entrada em definitivo do PR na base do governo estadual. Após a nomeação dele, o partido embarcou no arco de alianças em torno do Palácio de Ondina. Há informações de que por já ter essa autarquia, há uma motivação das lideranças em solicitar a Wagner o comando da Sedur.
As lideranças do PR também querem dialogar sobre as eleições estaduais de 2014. Há um objetivo de viabilização política e a sigla quer fazer voos mais altos, já que sofreu baixas em 2013. Com a saída dos deputados Elmar Nascimento (DEM), Sandro Régis (DEM) e Graça Pimenta (PMDB), a legenda conta apenas com um deputado na Assembleia Legislativa da Bahia, Reinaldo Braga. No âmbito federal, tem além do deputado José Rocha, o parlamentar João Carlos Bacelar.
Saiu do seio partidário o deputado e atual secretário da prefeitura de Salvador, Maurício Trindade. “Queremos ampliar para quatro estaduais e quatro federais”, disse Rocha, que pretende buscar a reeleição para a Câmara de Deputados. Segundo o presidente do PR, o ministro César Borges não vai entrar na disputa. “Ele vai continuar no Ministério com a expectativa de que a presidente Dilma vença as eleições e ele possa permanecer”. Consta que em caso de reeleição da dirigente nacional, Borges tem chances, já que é apontado como um dos mais aplicados ministros da Esplanada.