Preço do pescado deve ficar mais barato nesta Páscoa

Com movimento abaixo do esperado para a Páscoa, comerciantes dizem que preços devem se manter e, em alguns casos, até abaixar em relação a 2018

“Nesta época, faltando poucos dias para a Semana Santa, o movimento deveria estar maior”, lamenta a comerciante Ruth de Miranda / Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem

“Nesta época, faltando poucos dias para a Semana Santa, o movimento deveria estar maior”, lamenta a comerciante Ruth de Miranda
Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Da Editoria de Economia

Na semana que antecede a Páscoa, o Mercado de São José costuma ver a média de vendas de pescados dobrar de 1,3 toneladas para 2,6 t. Já a de crustáceos, salta de 400 kg para 800 kg, segundo dados da Prefeitura do Recife. Nada garante, no entanto, que o “milagre” da multiplicação vá ocorrer este ano.

Na última terça-feira (9), quando a reportagem do JC visitou o principal ponto de venda de peixes frescos na capital pernambucana, o movimento estava longe do burburinho do período da Quaresma. O pedreiro Carlos Alberto Silva era um dos poucos compradores do mercado de peixes. Veio atrás da corvina (R$ 15 o quilo) e do sururu (a R$ 12 o quilo) e não reclamou dos preços. “Sei que na próxima semana o peixe fica mais caro, então me adiantei”, disse, satisfeito.

Mas a comerciante Ruth de Miranda, 58 anos só de Mercado de São José, não está tão animada com essa perspectiva. Ela diz que em relação ao ano passado, os preços não aumentaram e, em no caso de alguns produtos, até chegaram a cair, como o camarão, que atingiu os R$ 30 o quilo em 2018, segundo Dona Ruth, e hoje é oferecido por até R$ 25. “Nesta época, faltando poucos dias para a Semana Santa, o movimento deveria estar maior”, lamenta. Ela diz até que não reforçou o estoque porque acredita que a Quaresma deste ano será magra. “As pessoas estão sem trabalho, sem emprego. Ninguém tem dinheiro”, afirma, baseada na sua vivência diária.

Na banca ao lado, o neto dela, Vitor Marques, 17, também comerciante de peixes, acredita que o movimento vai mudar para melhor. Para ele, com a proximidade da Sexta-Feira Santa, os compradores irão aparecer em maior número. Como acaba acontecendo todos os anos. “Deixam tudo pra última hora”, vaticina. Na banca de Vitor e no Mercado de São José em geral, a Cioba estava custando entre R$ 28 e R$ 30 o quilo. A albacora, entre R$ 18 e R$ 20, e o dourado, entre R$ 28 e R$ 30. O quilo do peixe mais popular, a corvina, ficava entre R$ 15 e R$ 18.

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