Prefeitos do Território do São Francisco pedem melhor distribuição dos recursos
Em apoio ao movimento SOS Municípios, que reivindicam aumento de 2% nos repasses da União e a aprovação do Pacto Federativo, os prefeitos do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sertão do São Francisco (CONSTESF), formado pelos municípios de Juazeiro, Sobradinho, Uauá, Remanso, Curaçá, Casa Nova, Pilão Arcado, Sento Sé, Canudos e Campo Alegre de Lurdes, paralisaram as atividades administrativas nesta sexta-feira (25). O ato ocorreu também em outros dois Estados do Nordeste, Pernambuco e Sergipe.
Durante a manhã, os prefeitos concederam uma coletiva à imprensa no Grande Hotel de Juazeiro para esclarecer e apresentar a sociedade os motivos que levaram a manifestação. “A grande força desse movimento é para que consigamos um maior equilíbrio na distribuição da renda, porque hoje os municípios administram déficits e com isso não conseguimos atender todas as demandas de serviços essenciais que a população precisa ter na sua totalidade”, pontuou Isaac Carvalho, relembrando que na semana passada esteve em Brasília, juntamente com outros prefeitos, para pedir o apoio da bancada dos deputados federais baianos para a aprovação do Pacto Federativo.
Presidente do Consórcio e prefeito da cidade de Sobradinho, Luiz Vicente Berti disse não se tratar de nenhuma manifestação contra o governo federal ou estadual, “mas sim a favor do fortalecimento dos municípios porque é nas cidades que moram as pessoas, é do prefeito que a população vai cobrar porque não tem o médico, porque não tem o transporte e não podemos mais ficar reféns dessa situação”, argumentou Luiz Vicenti.
O prefeito de Uauá, Olimpio Cardoso Filho chegou a dizer que o senador ou deputado que não votar pela aprovação da PEC 39, “será considerado inimigo da municipalidade”. Wilson Cota também foi duro nas colocações, e disse que não irá votar em nenhum senador em 2014 em resposta a derrubada do Congressono projeto que iria favorecer os municípios da região atingidos pela seca.
Outras duas manifestações ainda irão ocorrer este ano: uma no próximo dia 12 de novembro e outra no dia 9 de dezembro em Brasília na tentativa de que as manifestações dos gestores municipais pela aprovação da PEC 39 sejam atendidas pelo Congresso.