O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, contestou no Recife, nesta sexta-feira (12), notícia do jornal “Folha de São Paulo” segundo a qual, um ano após a abertura da Copa do Mundo, no Brasil, oito dos 12 estádios construídos ou reformados para o evento dão prejuízo.
Segundo ele, o prejuízo não é um problema dos estádios e sim do próprio futebol brasileiro, que não tem o mesmo nível de organização do futebol europeu.
Rabelo achou-se à vontade para fazer este comentário porque foi ministro do Esporte no governo de Lula. Ele veio ao Recife para visitar unidades de pesquisa vinculadas ao seu Ministério e participar de uma homenagem prestada à deputada federal Luciana Santos por sua investidura na presidência nacional do PCdoB.
De acordo com a “Folha de São Paulo”, a Arena das Dunas, em Natal, é o estádio mais lucrativo dos 12 que foram utilizados na Copa do Mundo.
Além dela, somente os estádios Mineirão (MG), Beira Rio (RS) e Itaquerão (SP) apresentaram lucro com base no balanço divulgado pelos órgãos que os administram.
Deram prejuízo a Arena Pantanal (MT), a Arena da Baixada (PR), a Arena da Amazônia (AM), o Estádio Nacional Mané Garrincha (DF), a Fonte Nova (BA), a Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata), o Castelão (CE) e o Maracanã (RJ).
Arenas que apresentaram lucro após um ano da Copa:
Arena das Dunas (Natal) – R$ 20 milhões
Mineirão (Belo Horizonte) – R$ 16,9 milhões
Arena Itaquerão (São Paulo) – R$ 11,4 milhões
Beira Rio (Porto Alegre) – R$ 9,2 milhões
Arenas que apresentaram prejuízo após um ano da Copa:
Arena Pantanal (Cuiabá) – R$ 1,4 milhões
Arena da Baixada (Curitiba) – R$ 1,5 milhões
Arena da Amazônia (Manaus) – R$ 2,7 milhões
Estádio Nacional Mané Garrincha (Brasília) – R$ 3,6 milhões
Arena Fonte Nova (Salvador) – R$ 15,6 milhões
Arena Pernambuco (Recife) – R$ 24,4 milhões
Maracanã (Rio de Janeiro) – R$ 77,2 milhões
Castelão (Fortaleza) – Prejuízo admitido, mas valor não informado.