Presidenciáveis acordam para poder das redes sociais

A oito meses das eleições para presidente, partidos e pré-candidatos correm contra o tempo para ampliar sua atuação nas redes sociais, de olho em uma legião de eleitores cada vez mais influenciada pelo que vê e lê na internet.

Oficialmente, a campanha eleitoral na rede só começa no dia 6 de julho, mas legendas e candidatos já buscam criar laços com o eleitor que possam render frutos nas urnas, cientes do potencial das mídias como plataforma de discussão – que veio à tona, de forma mais evidente, durante os protestos de junho do ano passado.

Segundo dados do Nielsen IBOPE de dezembro de 2013, há hoje 58,2 milhões de brasileiros com acesso à internet em casa ou no local de trabalho. Deste total, 45 milhões estão conectados às redes sociais.

Este número pode ser maior se for levado em conta que o número total de pessoas com acesso à internet – incluindo pessoas que usam dispositivos móveis ou acessam a rede por outras vias – é de 108 milhões. O Nielsen Ibope, no entanto, não divulga que proporção deste total acessa as mídias interativas.
Protestos

Os protestos que levaram milhões de pessoas às ruas no ano passado trouxeram à tona o poder crescente que estas ferramentas vêm exercendo na sociedade brasileira.

Articuladas em redes como o Facebook e o Twitter – o Brasil tem o segundo maior número de usuários no mundo em ambas as plataformas, só perdendo para os Estados Unidos -, as mobilizações pegaram o governo da presidente Dilma Rousseff de surpresa.

Pouco depois das eleições de 2010, Dilma abandonou o diálogo virtual com os cidadãos, revelando, na avaliação da consultora política Gil Castillo, a falta de sintonia entre a classe política e a sociedade.

“O ano de 2013 expôs de maneira contundente essa insatisfação. Cansado de se comunicar com os políticos só durante as campanhas, esse cidadão saiu às ruas para mostrar que sabia fazer mais do que só falar alto nas redes sociais”, afirma Castillo, diretora da Associação Brasileira de Consultores Políticos (ABCOP). (BBC)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *