Presidente da Câmara de Uauá denúncia suposto tráfico de influência no judiciário

Ação Popular

Na sessão realizada no dia 12 de agosto na Câmara Municipal de Uauá, o pré-candidato à prefeito nas eleições de 2016 e presidente da Casa Pedro Ferreira Sobrinho, Jairo Rocha (PP), denunciou na tribuna suposto tráfico de influência no judiciário. Segundo ele, existem funcionários no poder judiciário que são pagos pela Prefeitura Municipal do município, ‘o que torna tráfico de influência’.

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Vereador Jairo Rocha tenta desfazer polêmica depois de jogar ‘terra no ventilador’

“O poder judiciário de Uauá tem 14 funcionários que são pagos pelo município e para mim isso é trafico de influencia, a Câmara precisa fiscalizar isso. A prefeitura deveria é pagar os seus servidores e não fazer esse tipo de coisa. Doa a quem doer isso é trafico de influência sim”, disparou sessão realizada no dia 12 de agosto deste ano.

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Durante sessão ordinária, realizada no dia 19 – uma semana depois -, a ata estava sendo lida quando foi aprovada por unanimidade, incluindo este fato destacado pelo próprio presidente. Depois de concluída a leitura, o líder do governo, vereador Jerônimo de Oseias (PMDB) ocupou a tribuna rebatendo a acusação. “Conversei com o prefeito Olímpio Cardoso sobre o assunto e o mesmo disse que a Comarcar precisa de alguns servidores e a prefeitura disponibilizou para atender a demanda. Ele deixou bem claro que a prefeitura trabalha em parceria com o judiciário, acho que ele está ajudando o trabalho do município, não existe nenhum tráfico”.

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Líder do governo, Jerônimo de Oseias rebate declarações do presidente

Sabendo da gravidade da acusação, Jairo Rocha tentou voltar atrás em seu discurso na tribuna.  “Quando usei a tribuna na sessão da semana passada quando disse que o governo Olímpio estava praticando suposto tráfico de influência no judiciário, eu não quis dizer que a prática começou neste governo e sim em governos anteriores”. Ele foi mais além no seu discurso: “Eu não aceito que o município pague cerca de R$ 60 mil reais de funcionários em todas as esferas dos órgãos do estado, isso é obrigação do estado e não do município”.

A reportagem do AP fez levantamento e descobriu que desses funcionários nenhum ganha mais do que um salário minimo.  Ainda assim, várias pessoas ligadas ao judiciário na região não ficaram satisfeitas com as declarações do vereador Jairo Rocha o que pode gerar problema futuro. Os vereadores de oposição não se manifestaram sobre o fato. Ele sacudiu o judiciário na região sem pensar nas consequências.

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