Presidente desafia Bom Senso e ataca jogadores: ‘São um bando de mercenários’

 

Em fim de mandato, Paulo Wanderley garantiu que jogo contra o Vasco vai acontecer normalmente

Ramon Andrade

As ameaças do Bom Senso Futebol Clube não intimidaram o presidente do Náutico, Paulo Wanderley. Já em fim de mandato, o dirigente aproveitou para desmentir as informações de que o clube estaria devendo cerca de quatro meses de salários para os jogadores. De modo impaciente, o mandatário alvirrubro atendeu a reportagem da Folha de Pernambuco por telefone e foi curto e grosso ao comentar a polêmica crise do Timbu, que já corre pelo País inteiro.

“Eu ando atendendo tanta ligação que não consigo nem trabalhar mais”, começou Paulo Wanderley. “Eu já disse isso 500 vezes, mas vou dizer 501. O que está atrasado no Náutico é o pagamento de um mês referente ao direito de imagem de oito atletas. Só isso! Se essa dívida é motivo de greve, o futebol brasileiro vai fechar as portas”, declarou o presidente, se referindo às ameaças do Bom Senso e também do elenco alvirrubro, que ameaçou cruzar os braços e não jogar contra o Vasco, no domingo (1º).

Apesar da má fase do clube, Paulo Wanderley acredita que toda essa repercussão negativa não vai prejudicar a campanha da chapa da situação, encabeçada pelo ex-diretor de futebol Alexandre Homem de Melo. “Os únicos que perdem com isso são os jogadores. Estão revelando ser um bando de mercenários, para tirar o foco da má campanha que fizeram. A culpa disso tudo é de todos, inclusive deles”, afirmou.

A ira do presidente é uma forma de direito de resposta aos últimos acontecimentos envolvendo o Náutico. Na última quinta-feira, o volante Martinez revelou atraso no pagamento de salários e atos “desumanos” por parte da diretoria. Essa declaração chegou aos ouvidos do Bom Senso, grupo de jogadores que lutam por melhores condições de trabalho no futebol brasileiro.

Através de nota oficial, o Bom Senso ameaçou paralisar o Brasileirão caso o Náutico não pague a dívida que tem com os atletas. O documento não amedronta Paulo Wanderley. “Vamos jogar normalmente contra o Vasco. Isso tudo é uma brincadeira de mau gosto”, encerrou o presidente.

 

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