“Seguramente essa questão merece uma disciplina, regulamentação estreita, para que os hábitos não se transformem em vícios. Vícios devem ser coibidos através da educação ou através de uma regulamentação bastante estrita”, declarou Trabuco durante o 3º Seminário de Responsabilidade Social, promovido pelo Fórum Permanente de Responsabilidade Social da FGV Conhecimento, que foi reportado pelo Estado de S. Paulo.

O executivo ainda destacou que, em uma economia como a brasileira, que carece de poupança e tem uma alta vulnerabilidade financeira, é essencial coibir comportamentos que incentivem o gasto desenfreado. “Qualquer instrumento como jogos, que possam incentivar o gasto de uma poupança num país tão carente, deve ser coibido”, afirmou.

Na mesma data, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo irá banir entre 500 e 600 sites de apostas online por irregularidades, além de reforçar o monitoramento das apostas através do CPF dos usuários e implementar novas restrições para as formas de pagamento e publicidade dessas plataformas.

Trabuco, em sua fala, também defendeu que a educação financeira é fundamental para evitar o agravamento de problemas financeiros associados ao uso de apostas online. “Educação financeira é o eixo principal do sistema bancário brasileiro, para que as pessoas possam tomar o crédito com responsabilidade. A virtude é poupar, e o índice de poupança é importantíssimo para o País crescer”, concluiu.

As apostas online têm se expandido rapidamente no Brasil, e, com esse crescimento, surgem preocupações sobre o impacto social e econômico dessa prática, particularmente entre as camadas mais vulneráveis da população. Trabuco, ao reforçar a necessidade de regulamentação, destacou o papel da disciplina financeira para mitigar os efeitos negativos do vício em jogos de aposta.