Presidente do PR diz que a indicação antecipada dá visibilidade a Rui Costa
A definição do petista Rui Costa para disputar a vaga de governador da Bahia, em dezembro do ano passado, foi vista com bons olhos ontem pelo presidente da executiva do PR em Salvador, Silvoney Sales. Em entrevista à rádio CBN, Sales disse que a antecipação dará mais visibilidade ao candidato de Wagner. Ao analisar o lado da oposição, a falta de definição ainda não permite uma opinião clara, mas o presidente do PR acredita que se o prefeito ACM Neto observar o crescimento pessoal para se decidir, vai escolher José Carlos Aleluia como candidato. “Mas vai ser uma eleição duríssima. Acredito que só em julho teremos uma visão mais exata do que acontecerá”, afirmou.
Com a vaga de pré-candidato ao governo definida pelo PT, o posto mais disputado é o de vice-governador. Silvoney Sales disse que o PR, como perdeu nomes no ano passado, ficou sem musculatura para almejar uma vaga, mas fechou com o PDT e vai apoiar o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo, a conquistar a indicação para o posto. “O PR já deu apoio a Marcelo Nilo para a vice. É o desejo manifestado do PR. Acho que é um desejo do governador não manifestado”, opinou.
Com a bandeira de oposição consciente, o presidente municipal do PR falou ainda sobre a participação do PR na prefeitura de Salvador. Segundo Sales, o PR não faz parte do governo municipal, mas com o único representante do partido na Câmara de Vereadores, Isnard Araújo, a oposição é feita de maneira consciente. “A orientação do partido é para votar com a cidade. Entendemos que oposição por oposição não vale a pena. Quando o tema é de interesse público, o PR se mantém ligado às ações do prefeito, sem ter tido nenhum cargo, nem REDA, nem ter sido chamado para conversar”, disse.
Silvoney Sales, que é médico e radialista, fez duras críticas aos MEC após ser questionado sobre o grande índice de reprovação de estudantes de medicina de São Paulo – 60% – em um exame do Conselho Regional local. De acordo com Sales, quando ele se formou em medicina, o curso preparava o estudante de forma global, diferente do que é feito hoje que o aluno escolhe, no primeiro ano, em que área quer atuar. “Todo medico é clinico. E é obrigação o médico saber. Se ele não sabe isso não pode ter especialização. A proliferação de escolas de medicina tem que ser melhor acompanhado pelo MEC que, às vezes, libera sem critérios”, explicou.
Sobre o Mais Médicos, programa do Governo Federal, Sales afirmou que o partido é a favor, mas ele acredita que os médicos cubanos não são capacitados para atuar nas mais diversas áreas, ressaltando a excelência na área de dermatologia, apenas. No entanto, o presidente municipal do PR reconhece que a culpa desse fato estar acontecendo é dos próprios médicos brasileiros, que não se propõem a atuar em lugares mais distantes do interior baiano.
Fonte: Tribuna