O crime aconteceu na noite de 24 de julho, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Maria Clara Adolfo de Souza enviou um áudio para a mãe, momentos antes de ser assassinada, afirmando que havia recebido uma ligação e desceria do primeiro andar onde morava para buscar uma encomenda na rua.
Nessa gravação, a técnica em enfermagem teria informado o nome de quem ligou e também da pessoa que entregaria a encomenda, segundo relatou a mãe da vítima, Simone Kelly, em entrevista à TV Guararapes.
Quando saiu de casa, Maria Clara foi atingida por diversos disparos. No momento do crime, o celular da jovem foi levado.
A Polícia Civil de Pernambuco explicou que deu cumprimento, em ação conjunta com a Polícia Militar de Pernambuco, aos dois mandados de prisão temporária.
Os homens foram presos com o apoio de equipes do 25º Batalhão da Polícia Militar e do Batalhão e Choque. Posteriormente, foram encaminhados à Delegacia da Mulher de Jaboatão.
“A Polícia Militar, desde o acontecimento do fato, colaborou com o trabalho da PCPE. As investigações foram imediatamente iniciadas e, a equipe da 2ª Delegacia de Polícia da Mulher, com apoio da Coordenação da Força Tarefa de Homicídios e do setor de Inteligência da Polícia Civil conseguiu, junto ao Judiciário, a expedição dos mandados de prisão”, disse Polícia Civil.
A Corregedoria Geral da SDS, de conhecimento da expedição do mandado de prisão temporária em desfavor do militar, agora aguarda a documentação para análise e instauração de processo disciplinar contra o policial.
A mãe da técnica de enfermagem informou que a filha mantinha um relacionamento de aproximadamente três anos com um homem que seria policial militar. Ela acredita que ele pode ter envolvimento com o crime.
O policial militar foi encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar de Pernambuco (Creed), localizado em Abreu e Lima, na RMR. O outro homem foi levado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), também em Abreu e Lima.
Onde buscar ajuda
A Lei Maria da Penha estabelece que todo o caso de violência doméstica e intrafamiliar é crime, deve ser apurado por meio de inquérito policial e ser remetido ao Ministério Público.
A violência contra a mulher pode ser manifestada das formas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Em todos os casos, lembre-se que você não está sozinha e pode fazer a denúncia de diversas formas.
Veja como e onde receber acolhimento em caso de violência doméstica em Pernambuco:
Ligue de forma gratuita para o 190: Polícia Militar de Pernambuco (PMPE). O serviço é disponível 24h por dia, todos os dias.
Ligue de forma gratuita para o 180: Central de Atendimento à Mulher. O serviço do Governo Federal fica disponível 24h por dia, todos os dias, e recebe ligações de todos os lugares do Brasil. Ele registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes.