Por Juliana Albuquerque
Embora a governadora Raquel Lyra (PSDB) nunca tenha defendido publicamente a privatização da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o tema voltou à tona esta semana, durante a apresentação do secretário de Planejamento do Estado, Fabrício Marques, em audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), para apresentar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o ano de 2024.
Além de apontar à Comissão de Finanças que o Estado deve ter um déficit primário de R$ 322 milhões em 2024 e de R$ 310 milhões em 2025, com superávit previsto apenas no fim do Governo tucano, em 2026, o secretário confirmou os planos de Raquel para privatizar a Compesa.
Segundo Fabrício, a governadora assinou um contrato junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a realização de estudos sobre a participação de investimentos privados no setor de abastecimento de água e tratamento de esgoto.
A notícia confirmou o que todos já sabiam – que a privatização não é “boato de rua” –, como classificou o líder do Governo na Alepe, deputado Izaías Regis, durante audiência pública solicitada pela Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb-PE), na Comissão de Meio Ambiente da Alepe, no início desta semana.
“É simplesmente aquele boato de rua e que nós não podemos dar credibilidade e acreditar nesses boatos”, afirmou o parlamentar, ao mostrar total desconhecimento sobre os planos do Governo Raquel neste sentido.
Privatização não é solução – Autor do Requerimento para que a Comissão de Meio Ambiente fizesse a Audiência Pública, o deputado João Paulo (PT) alertou para “prejuízos a serviços essenciais oferecidos à população”. “É preciso lutar para que a Compesa se estruture para atender toda a população, mas, em vez de tratar desse papel social, fala-se na privatização”, criticou o parlamentar, que presidiu a reunião.
Fonte: Blog do Magno Martins