Procuradores: Lula coagido

Lula pediu acesso à íntegra do depoimento em que Carlos Armando Paschoal, um dos delatores da Odebrecht, afirmou à Justiça que foi “quase coagido” por procuradores da Lava Jato a “fazer um relato” sobre as obras da empreiteira no sítio que o ex-presidente frequentava, em Atibaia.

“Tive que construir um relato”, afirmou ainda Paschoal, que é testemunha numa ação de improbidade administrativa que corre na 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.

E Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, está pedindo que o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol sejam obrigados a apresentar à Justiça seus celulares e outros aparelhos que contenham os diálogos que mantiveram na Operação Lava Jato. Ele quer que as conversas sejam integradas ao processo do tríplex.

Ao contrário de Lula, Okamoto foi inocentado. Mas seu advogado, Fernando Fernandes, sustenta
que os diálogos são atos processuais e por isso precisam ser incluídos na ação —já que neles Moro indica testemunhas e dá até conselhos aos procuradores. (Mônica Bergamo – Folha de S.Paulo)

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