Professora Wilma Rosa levanta as bandeiras da Educação, Cultura e Cidadania em sua campanha

Wilma Rosa

Grazzielli Brito – Ação Popular

A professora aposentada Wilma Rosa (PV), esposa do conhecido Coronel Geraldo, que costuma ilustrar com suas crônicas a história de Juazeiro, é candidata a vereadora pela segunda vez. Wilma fez parte do núcleo de criação da APLB na cidade e diz sustentar sua campanha política em três pilares: Educação, Cultura e Cidadania dos idosos. Confira entrevista com a candidata:

Ação Popular – Qual a tua história política e social por Juazeiro?

Sou professora aposentada, não inativa, não gosto desse termo, estou ainda em movimento na defesa da minha classe, nessa última greve dos professores do estado, participei ativamente, fizemos forró pra angariar fundos para as colegas que estavam sem receber salário e dei meu apoio. Quando estava na ativa, mesmo como diretora de escola, nunca deixei de participar de greve, recebia ameaças de exoneração o que nunca aconteceu. Sai do Joca Oliveira como diretora apenas quando me aposentei.

Ação Popular – Qual o seu envolvimento com o movimento sindical dos professores?

Pra mim é motivo de alegria e satisfação poder dizer que aqui em Juazeiro fui uma das primeiras a fazer parte desse sindicato. Naquela época muita gente tinha medo de fazer parte, houve muita rejeição no início. Como gosto de desafios, nem hesitei, me filiei imediatamente e hoje me sinto feliz em fazer parte desse grande sindicato que é a APLB em nosso estado.

Ação Popular – A senhora diz ter se baseado em três pilares para a sua campanha, quais são eles?

Fiz minhas propostas pautada na Educação, Cultura e Cidadania dos idosos. Serei vigilante dos problemas educacionais do município, lutarei com unhas e dentes pela cultura que em Juazeiro está morta. Dói ver hoje o antigo casarão da FRANAVE no estado que está, a orla de Juazeiro que teve arrancado seu cais, sem consultar ninguém, um cais tão lindo. Cadê a história de Juazeiro? O carnaval, terno de reis, reis de boi? Só se fala em vaquejada, a cultura de Juazeiro não é de vaquejada. Quanto ao idoso é preciso que se garanta respeito e dignidade, que as leis em favor do idoso sejam respeitadas.

Ação Popular – Qual sua posição em relação à polêmica em torno da Ilha do Fogo, onde ela passará a ser área do Exército?

Já está definido que no dia 31 de agosto o Exercito irá tomar posse da Ilha. Eu não concordo, lamento muito. A ilha do fogo sempre foi lugar de lazer para a população e ela deve ser devolvida à população. Realmente ela esteve abandonada pelo poder publico, se fosse bem tratada seria uma grande área de lazer e atração turística, um lugar aprazível como foi antigamente.

Ação Popular – Como vê a situação de Juazeiro em relação à administração municipal?

A Educação realmente melhorou, mas ainda não é o ideal. A situação da saúde é que é terrível. É uma situação crítica, assim como a infraestrutura. Andando pelas periferias percebemos como é que realmente está a cidade. Juazeiro foi maquiada no centro e nas periferias encontramos a realidade. Parece que a cidade foi bombardeada pelo atual prefeito. O interior nem se fala, sou filha de Juremal, estive lá este fim de semana e só tenho notícias tristes. As estradas vicinais nem existem mais, Juremal que vivia sua cultura, hoje tem o teatro Almiro Cunha fechado, porque não tem apoio do poder público.

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