Professores da Sede da UFRPE aprovam saída da greve a partir de 1º de julho

Uma outra votação será feita em Serra Talhada, no Sertão

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O resultado dessas votações, somado às votações da Assembleia da UAST, será encaminhado ao Andes-SN com o indicativo do Sindicato Nacional construir uma saída coletiva com as demais seções, entre 25 de junho e 5 de julho (Foto: Aduferpe/Divulgação )
Os docentes da Sede da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) decidiram encerrar a greve a partir do dia 1º de julho. A decisão foi tomada por uma votação durante uma assembleia promovida nesta quarta-feira (19). Ao todo, foram 69 votos favoráveis, oito contrários e uma abstenção.
De acordo com a UFRPE, a votação total só será finalizada nesta quinta-feira (20), com o resultado da Assembleia que será realizada à tarde, na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UAST).
Uma segunda votação da Assembleia foi sobre a aceitação ou não da proposta apresentada pelo governo federal. Nesta consulta, 66 docentes votaram favoráveis à proposta, 12 contrários e uma abstenção.
O resultado dessas votações, somado às votações da Assembleia da UAST, será encaminhado ao Andes-SN com o indicativo do Sindicato Nacional construir uma saída coletiva com as demais seções, entre 25 de junho e 5 de julho.
Em relação às conquistas foram destacadas:
  • Recomposição parcial do orçamento das instituições federais, a conquista de 5.600 bolsas de permanência para estudantes quilombolas e indígenas, a implementação de reajuste de benefícios (auxílio-alimentação;
  • Auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche) embora ainda sem equiparação com os outros poderes;
  • Início da mesa setorial permanente de negociação do MEC;
  • Elevação do reajuste linear oferecido até 2026 de 9,2% para 12,8%, sendo 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Os professores avaliaram que houve outros avanços, como a posição do governo de reconhecer o direito ao RSC (Reconhecimento dos Saberes e Competências) de  aposentados do regime EBTT – Ensino Básico, Técnico e Tecnológico.
Além disso, também houve a revogação da Portaria n%u2070983/2020, que estabelece diretrizes para a regulamentação das atividades docentes, no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
Ainda ficou negociada a revisão da Instrução Normativa n%u2070 66/2022, que trata da concessão, progressão e promoção funcional aos docentes.
Sobre a recomposição dos orçamentos das instituições federais, um ponto central das reivindicações, o movimento salientou como conquistas os recursos destinados às Instituições Federais de Ensino, previstos no Novo PAC, no valor de R$ 5,5 bilhões para as universidades e R$ 3,9 bilhões para os Institutos Federais e Cefets até 2026. Mesmo considerando ainda insuficiente, os grevistas destacaram a suplementação das verbas de manutenção e custeio de 2024 em R$ 521 milhões para as universidades e R$ 225 milhões para a educação básica, técnica e tecnológica.
A greve já dura 52 dias e paralisou as aulas na sede da UFRPE, em Dois Irmãos, e nas unidades acadêmicas do Cabo (UACSA), Belo Jardim (UABJ), Serra Talhada (UAST) e São Lourenço da Mata (Codai).

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