Protesto de caminhoneiros chega ao fim na BR-407, diz PRF

Na Bahia, os protestos aconteceram em adesão a um movimento nacional.

O protesto de caminhoneiros que acontecia na BR-407 chegou ao fim no final da tarde desta segunda-feira (9), após cerca de 11 horas de manifestação. O protesto aconteceu perto de Capim Grosso, no Norte da Bahia, e segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) acabou por volta das 17h10 de hoje. A manifestação havia começado cedo, por volta das 6h, com manifestantes usando pneus queimados para bloquear a via. No fim, os manifestantes estavam impedindo a passagem apenas de veículos de carga.

Protesto aconteceu perto de Capim Grosso
(Foto: FR Notícias)

Na Bahia, os protestos aconteceram em adesão a um movimento nacional. Os caminhoneiros pedem aumento do valor do frete, diminuição de impostos e se manifestam contra a elevação no preço dos combustíveis.

Outros pontos de protesto foram a BR-232, perto de Barreiras, no Oeste da Bahia, e na BR-324,onde o congestionamento por conta da manifestação chegou a 7 km. Também houve bloqueio de pista na BR-116, perto de Feira de Santana.

Reivindicações
Os transportadores pedem redução no preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e a saída da presidente da República, Dilma Rousseff, do poder. Os atos de protesto acontecem na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

A greve ganhou o apoio de grupos como Movimento Brasil Livre e Vem pra Rua. Os líderes do movimento garantem já ter grande apoio também de caminhoneiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A expectativa é atingir pelo menos 70% do País inicialmente.

Pneus foram queimados para bloquear rodovia (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

Pneus foram queimados para bloquear rodovia no Rio Grande do Norte
(Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)

ContraVárias entidades que representam o setor se manifestaram contra esse movimento e veem interesses políticos por trás dessa paralisação. Para o Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos de Bens no Estado do Pará (Sindicam-PA), a greve é organizada “por pessoas que não fazem parte da categoria e estão aproveitando o momento de dificuldade que o País passa”.

Já a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) diz que “os problemas que afetam a categoria são muitos e que, para resolvê-los, é preciso coesão e sabedoria”.

Entidades de Goiás e Tocantins também assinaram, juntos, um documento contra a greve. Principal alvo dos sindicatos, Ivar Schmidt tem 44 anos, mora em Mossoró (RN) e nega qualquer vínculo partidário. Caminhoneiro, ele começou a se destacar há um ano e, em 2015, criou o “Comando Nacional do Transporte”.

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