O protesto realizado pelos aprovados no concurso da Polícia Penal de Pernambuco, que ganhou grande repercussão na mídia e nas redes sociais, expôs a grave situação enfrentada pelos candidatos. Há mais de um ano aguardando por suas nomeações, muitos dos aprovados lidam com dificuldades financeiras severas e enfrentam o desemprego, enquanto o governo estadual permanece sem oferecer uma resposta concreta.
Além da demora nas nomeações, os aprovados denunciam a falta de transparência por parte da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP). Até o momento, não foi estabelecido nenhum planejamento formal, tampouco um cronograma oficial de nomeações. Isso acontece mesmo diante do tempo considerável de formação dos concursados e da clara necessidade do sistema prisional, que atualmente depende de policiais militares deslocados para atuar nas muralhas e de contratações temporárias para funções que deveriam ser desempenhadas pelos aprovados.
Com o impacto do protesto, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) solicitou à SEAP novos detalhamentos sobre o concurso e as contratações temporárias. Essa movimentação é vista pelos aprovados como um avanço, mas a ausência de um cronograma formal de nomeações, somada às dificuldades que enfrentam, continua sendo um ponto central de suas reivindicações.
Outro aspecto que gera indignação entre os concursados é a existência de um orçamento aprovado para 2024, que prevê mais de 80 milhões de reais para a nomeação de todos os aprovados. No entanto, a falta de ação do governo em executar essas nomeações, mesmo com recursos disponíveis, reforça a insatisfação e mantém a pressão sobre as autoridades.
Os aprovados seguem mobilizados e planejam novas ações para os próximos dias, exigindo a formalização de um cronograma de nomeações e a efetivação dos cargos para os quais foram aprovados.