Opinião
Com o PSDB em frangalhos, tendo na Câmara dos Deputados apenas 29 parlamentares e dois senadores, Izalci Lucas (DF) e Plínio Valério (AM), estes em vias de deixar a legenda, a governadora Raquel Lyra, presidente da legenda em Pernambuco, tende a se filiar ao PSD, a quem entregou, há pouco, a Secretaria de Cultura para Cacau de Paula, filha do ministro André de Paula (Pesca), presidente estadual da legenda.
Nos Estados, a legenda tucana perdeu o controle do maior colégio eleitoral do País, São Paulo. Ali ́, também não tem mais nenhuma liderança de expressão, nem tampouco em Minas Gerais e Rio de Janeiro. O partido se resume, hoje, apenas ao Rio Grande do Sul, que reelegeu Eduardo Leite, e Mato Grosso do Sul, que elegeu Eduardo Riedel.
Nas capitais, o PSDB elegeu quatro prefeitos nas eleições de 2020, entre eles Bruno Covas, que morreu. Em seu lugar, assumiu Ricardo Nunes, do MDB. Sendo assim, a tucanada governa apenas Palmas, Porto Velho e Natal, cidades sem densidade eleitoral. Nas gestões municipais, em Pernambuco, o partido também encolheu, saindo de 13 para cinco prefeituras.
Nas eleições para o parlamento estadual, no ano passado, o PSDB só elegeu três deputados – Álvaro Porto, Izaías Régis e Débora Almeida. Mesmo sem mandato, uma de suas principais lideranças, o ex-senador Armando Monteiro está não apenas sem militância aguerrida na legenda, como também distanciado da governadora, a quem faltou à posse, em 1º de janeiro.
Raquel não deixará o PSDB de imediato, mas ajudará André de Paula a fortalecer o partido nas eleições municipais, atraindo prefeitos ou candidatos a prefeito com potencial eleitoral e chances de eleição, o que seria a pavimentação do seu caminho para a filiação com vistas à sua reeleição em 2026.
Por: Magno Martins