PSDB empurra Dória para “trair” Geraldo Alckmin

Bases regionais do PSDB estimulam João Doria para ser candidato a presidente em 2018

O prefeito de São Paulo, João Dória, que estará no Recife na próxima sexta-feira, corre o risco de passar à História como um dos maiores “traidores” deste século. Explica-se: ele era um ilustre “apolítico” (como gosta de autoproclamar-se) até 2016 quando foi chamado pelo governador Geraldo Alckmin para concorrer à prefeitura de São Paulo. Disputou prévias no PSDB, venceu a disputa interna e ganhou a eleição no 1º turno contra o então prefeito Fernando Haddad, que aqui esteve na semana passada. A partir de então, passou a ser apontado no PSDB como principal cabo eleitoral de Alckmin à sucessão presidencial de 2018. E dia sim, dia não, jura fidelidade ao governador, embora na prática se comporte como concorrente dele dentro do partido. Tanto é assim que não recusa convite para proferir palestras Brasil afora e receber títulos de cidadão, sendo que a visita ao Recife está inserida nesse contexto. Bem verdade que as bases estaduais do PSDB é quem o querem como candidato, e se isso de fato acontecer o carimbo de “traidor” será inevitavelmente colocado na sua ainda incipiente biografia.

E a prefeitura? – Dória tem que ter também muito cuidado para não ser acusado pelos próprios tucanos de ter abandonado a prefeitura de São Paulo para dedicar-se exclusivamente ao projeto presidencial. Recentemente, o ex-presidente FHC declarou que ainda não viu nada de diferente na capital depois que ele assumiu a prefeitura.

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