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Policiais cumpriram 13 mandados de prisão e 15 de busca e apreensão (Divulgação/PCPE) |
Investigação da Polícia Civil de Pernambuco mostra que a quadrilha alvo da Operação Desconexão, deflagrada nesta sexta-feira (27), era comandada de dentro do Presídio de Igarassu, no Grande Recife, e usava aplicativos de transporte para vender drogas. Os entorpecentes eram pagos via Pix.
O Diario de Pernambuco apurou que os líderes do grupo eram Adriano Fernandes da Silva, conhecido como “Bruxo”, e Ismael Araújo da Silva, o “Leão”. Eles estavam presos em Igarassu e comandavam as ações do bando por meio de celulares clandestinos, segundo a investigação.
A organização criminosa seria responsável por controlar o tráfico de drogas e de armas em Itapissuma, cidade vizinha à cadeia, de acordo com a polícia. Os crimes eram articulados por WhatsApp e foram descobertos após a apreensão dos aparelhos dos líderes.
Segundo a investigação, coordenada pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), foram encontradas “inúmeras mensagens nas quais os envolvidos articulam o preço e a entrega de drogas em grandes quantidades, posse e porte de arma de fogo”.
De acordo com a polícia, o grupo se dividia em três núcleos: o tráfico de drogas, o setor financeiro, que recebia os pagamentos por Pix, e o operacional, responsável pelo transporte dos entorpecentes por meio de motoristas de aplicativo.
Além das lideranças, a Polícia Civil pediu a prisão de outros 15 suspeitos. Entre eles, estão Augusto Marques de Oliveira, o “Auau”; Mikael José Braz de Olivera, o “MK”; Hiego Guilherme da Silva, o “Baitala”; Pedro Gabriel Muliterno Sousa, o “Pedro Bala”, e Vinícius Henrique de Andrade, o “Noinha”. Todos fariam parte do operacional.
Também são investigados como integrantes desse grupo Alison Henrique da Silva Costa, o “Mantega; Vitor Hugo Medeiros de Souza Lucena, o “VH”; Niedson Coelho Jorge, o “Aleijado”, e Davi Joaquim Lima da Silva, o “Davi Uber”. Fecham a lista de alvos os suspeitos Ruann Almeida Mota, Cícero Pereira de Lima Júnior e João Paulo Duarte Francisco.
Já Adriana Fernandes da Silva Viera, Suely Maria Cosme da Silva e Joicy Kelle Cordeiro da Silva fariam parte do setor financeiro.
A investigação começou em fevereiro de 2024. Com 80 policiais empenhados, a Operação Desconexão cumpriu 15 mandados de prisão e outros 15 de busca e apreensão no Recife, Paulista, São Lourenço da Mata, Carpina, Igarassu e em Santa Rita, na Paraíba. Uma pessoa também foi presa em flagrante.