Radialista e operadora são afastados de programa em pleno ar por questões políticas

José de Souza

Da Redação

O radialista José de Souza, o popular Dedé, e a operadora de áudio Mayara Araújo Santos foram demitidos na manhã de ontem (09/08), por volta das 9:30h, quando estavam apresentando o programa ‘Casa Nova em Alerta’, pela Rádio Comunitária Casa Nova FM 104,9, de propriedade dos senhores Osires Passos e Hélio Amaral.

Segundo Dedé, os motivos das demissões estão relacionados a questões de perseguições política partidária por ocuparem suas funções com imparcialidade e não terem vínculo com a administração municipal Orlando Xavier (PR). “Há mais de três meses o clima dentro da rádio vinha ficando pesado, onde as restrições aumentavam a cada dia. Parte do espaço do programa servia de interlocutor para o povo carente, inclusive para quem mora na periferia e zona rural quando solicitavam providencias, ou ajuda, para que determinado fato fosse solucionado sem nenhuma conotação política partidária. Na manhã de ontem fomos surpreendidos com essa ação vergonhosa quando fomos expulsos dos estúdios e o programa retirado do ar”, informa.

Ele afirma que o prefeito tem grande influencia dentro das instalações. “Há alguns dias, o senhor Hélio Amaral me alertou que o prefeito Orlando estava insatisfeito com a condução do programa. A situação estava fugindo do controle, chegou ao ponto que durante algumas vezes fui ameaçado de morte por pessoas estranhas”, relata.

“Um dos diretores da rádio, é genro de Hélio e trabalha dentro da tesouraria da prefeitura. Enquanto isso, a filha trabalha no SAAE daqui. O filho de Osiles Passo – o Osiles Junior – é formado em professor, é natural de Salvador e tem residência fixa em Brasília. O mais engraçado que esse rapaz é candidato a vereador apoiado pelo prefeito Orlando”, informa.

Caso de policia – Trabalhando a mais de quatro anos na Casa Nova FM, Dedé faz outra denuncia grave sobre a condução dos trabalhos executados pelos proprietários da rádio. “De acordo a legislação, toda rádio comunitária não pode cobrar pelo espaço oferecido, tem que ter suas limitações de freqüência ou fazer contrato comercial com quem que seja, pois bem, durante os quatro anos o horário que eu ocupava pagava todo final de mês à importância de 400 reais, e por fora era obrigado ainda a pagar o salário da operadora Mayara Santos no valor de 500 reais. Outro fato é com relação à freqüência, hoje ela atinge o raio de 45 km, com a antena que está sendo construída, o objetivo é chegar a aproximadamente 200 km. Eu não sei se a Embratel, Ministério Público Federal ou a Policia Federal tem conhecimento dessas ações”, concluiu.

A nossa reportagem tentou contato por telefone com a direção da rádio e não conseguiu. O espaço está aberto para todas as pessoas que foram citadas.

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