Por Larissa Rodrigues
A governadora Raquel Lyra (PSDB) não deverá esperar terminar o prazo de 30 dias estabelecido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para responder ao pedido de informação sobre o não pagamento das emendas impositivas.
Pelo que demonstrou após a reunião dos deputados, na qual ficou acordado que haveria esse pedido, Raquel quer resolver logo. Os parlamentares se reuniram na última segunda-feira (6). Em seguida, Raquel solicitou à Secretaria da Fazenda um levantamento detalhado sobre a questão e disse que recebeu com tranquilidade a decisão da Casa.
A governadora ainda enfatizou que os secretários da Fazenda, Wilson de Paula, e da Casa Civil, Túlio Vilaça, estão conduzindo o processo. Wilson de Paula, inclusive, tem reforçado em declarações públicas que há disposição do Poder Executivo em fazer os pagamentos e que o Estado sabe que não é favor, mas obrigação.
Cada declaração dessa é um gesto em busca da calmaria. A serenidade com a qual Raquel tratou do assunto, ontem, também é simbólica. A governadora sabe a importância de se relacionar bem com a Alepe nos últimos dois anos de sua gestão. Sendo a eleição para o Governo do Estado já em 2026, 2025 é estratégico.
Este é o ano de o Governo Raquel Lyra ficar “bem na fita”. Precisa reduzir os desgastes que comprometem a imagem, trabalhar pela paz, fazer entregas, aprovar projetos na Assembleia sem muita polêmica. Não é do interesse da governadora deixar o imbróglio das emendas se estender.
VOLTA DA ALEPE EM FEVEREIRO – O ideal para o Palácio é que antes mesmo da volta dos trabalhos legislativos já haja uma resposta para os parlamentares, para o assunto não render após a volta dos deputados à rotina. A Casa inicia os trabalhos no primeiro dia útil de fevereiro, na segunda-feira (3/2). Até lá, os técnicos do Estado devem se debruçar sobre a burocracia que tem emperrado o pagamento das emendas. Como a Alepe também enviou pedido de auditoria ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), já houve reunião entre o TCE e a Casa, ontem. O Tribunal solicitou mais informações sobre os valores das emendas em cada secretaria, porque precisa dessa informação para definir o relator do tema na Corte.