Rede de fraudadores e políticos é investigada

O andamento das investigações sobre a megaoperação de lavagem de dinheiro para financiamento de campanhas eleitorais do Distrito Federal reforça a linha de trabalho da polícia sobre a existência de uma teia de troca de favores bem definida. Edigard Eneas da Silva, por exemplo, um dos chefes do esquema fraudulento, mencionava ser amigo da deputada distrital Telma Rufino (PPL). Ele ostentava que, caso a então candidata ganhasse a eleição, seria recompensado com um cargo público no Executivo local. Edigard também dizia financiar a campanha eleitoral da parlamentar e do ex-diretor-geral do Transporte Urbano do DF (DFTrans) e presidente regional do Partido da Pátria Livre (PPL), Marco Antônio Campanella.

Edigard é um dos principais mentores da fraude que chegou a alcançar R$ 100 milhões. Ele mantinha reuniões com gerentes de bancos para negociar empréstimos ilegais e criar empresas fantasmas em nomes de laranjas. O grupo era chefiado por Edigard — que ocupou cargos no Executivo local —, o primo dele Sérgio Eneas Silva e o empresário Rogério Gomes Amador. Sérgio era gerente de uma agência do Banco do Brasil em Taguatinga e, de acordo com a investigação, é suspeito de facilitar os empréstimos (leia Entenda o caso).

A última ocupação de Edigard no GDF foi como subsecretário de Qualificação e Capacitação Profissional da Secretaria de Trabalho. A nomeação dele ocorreu em 11 de abril do ano passado. Nas redes sociais, ele tem fotos ao lado do ex-governador Agnelo Queiroz (PT), da presidente Dilma Rousseff e da própria Rufino. O histórico do servidor de carreira também demonstra um passado que envolve passagens policiais. Ele foi preso, preventivamente, acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa e grilagem, em agosto de 2012.

Fonte: Correio Braziliense

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