Reforma influenciada por alianças eleitorais

 

A reforma ministerial que a presidente Dilma Rousseff (PT) começará a definir em janeiro será moldado nas necessidades eleitorais da candidata do PT à reeleição para o Planalto. De acordo com reportagem do Correio Braziliense, as mudanças ainda terão prazo de validade: nas conversas que a presidente tem tido com os partidos, eles sabem que os nomes escolhidos poderão ser trocados em 2015, dependendo do resultado das urnas e dos personagens que forem importantes na corrida eleitoral.

“Conforme o desempenho dos aliados e o peso dos partidos na composição do novo Congresso, poderemos ter um novo desenho ministerial no início do segundo mandato”, admitiu um aliado direto da presidente. O prazo máximo para os ministros que disputarão as eleições em 2014 se desincompatibilizarem dos cargos é o fim de março, seis meses antes das eleições.

Na cabeça da presidente, trocar os nomes em dezembro e janeiro daria tempo suficiente para os novos ministros se ambientarem com a máquina e começar a produzir efetivamente logo após o carnaval. O ex-presidente Lula alertou que as indicações devem ser políticas, para agradar aos aliados e garantir os respectivos palanques.

Além disso, seria arriscado escolher os nomes muito antes das convenções partidárias, marcadas para junho, quando acontecem as definições das alianças políticas. “Dilma estaria entregando um espaço no governo antes de ter a certeza da contrapartida dos partidos”, ponderou um interlocutor palaciano, que compreende o raciocínio lulista. (FolhaPE)

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