Relator defende aumento de pena de Lula para 12 anos e um mês

Gebran Neto (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4)
Gebran Neto (Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4)

 

O desembargador Gebran Neto, relator da Operação Lava Jato na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), votou pelo aumento da pena imposta ao ex-presidente Lula (PT) pelo juiz Sérgio Moro. Em segunda instância, o magistrado pediu a pena de 12 anos e um mês de reclusão. Apesar disso, não será pedida a prisão de Lula porque, segundo ele, isso só será feito após a conclusão de todos os recursos no tribunal.

Moro havia condenado Lula a nove anos e seis meses.

Mais rígido que Moro na condenação de Lula, Gebran Neto condicionou a reparação de dano para a progressão de regime. O desembargador pediu o cumprimento da pena em regime fechado.

 

O relator considerou “culpabilidade extremamente elevada” de Lula por ser um ex-presidente. “Acabou por fragilizar não apenas o funcionamento da Petrobras, mas todo o sistema político brasileiro. Colocou em xeque toda a estabilidade democrática. Infelizmente está sendo condenado um ex-presidente da república, mas que praticou crime”, disse. “Não está em jogo só o patrimônio da Petrobras, mas o Estado democrático de direito.”

No caso dos outros dois réus, o magistrado sugeriu a redução das penas pela cooperação com a Justiça. Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS, ficaria três anos, seis meses e 20 dias em regime semi-aberto e Agenor Franklin Medeiros um ano, dez meses e sete dias em regime aberto.

Pinheiro havia sido condenado por Moro a dez anos e oito meses e Medeiros a seis anos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *