Relatório da OCDE aponta ‘preconceito político’ de juiz e promotores da Lava Jato

Documento aponta que “promotores federais e um juiz federal agiram com preconceito político” e que o juiz violou o seu dever de imparcialidade”

Sergio Moro
Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório nesta quinta-feira (19) que destaca a falta de imparcialidade por parte do juiz e dos promotores envolvidos na Operação Lava Jato. Segundo o G1, o documento, parte da quarta etapa de avaliação do Brasil no pacto anticorrupção, aborda as ações do governo brasileiro no combate à corrupção de funcionários públicos estrangeiros em transações comerciais.

O relatório menciona as mensagens reveladas pela “Vaza Jato”, apontando que “promotores federais e um juiz federal agiram com preconceito político em casos envolvendo diversas figuras políticas nacionais, concluindo que o juiz violou o seu dever de imparcialidade”. Na época da Lava Jato, o responsável pelos processos que corriam na 13ª Vara Federal de Curitiba era o hoje senador Sergio Moro (União-Brasil-PR). Moro foi declarado parcial pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No documento, a OCDE também expressa preocupação com a possível politização da Procuradoria-Geral da República (PGR), ressaltando a importância da escolha do próximo titular como um “importante marcador da direção futura do Brasil”.

O acordo anticorrupção, assinado em 1997 entre 44 países, tem o Brasil representado pela Controladoria-Geral da União (CGU). O relatório foi aprovado após discussões em uma sessão plenária realizada em Paris, na França, em 12 de outubro.

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