Revelações sobre a ‘Abin paralela’ são “graves” e “dignas de preocupação”, dizem ministros do STF

Para os magistrados, no entanto, a ‘Abin paralela’ não conseguiu atingir seus objetivos, na medida em que não encontrou nada que pudesse comprometer a Corte

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão tratando como “graves” as revelações feitas pela Polícia Federal (PF) sobre uma operação clandestina de vigilância realizada por membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Segundo a PF, a ação envolvia uma “Abin paralela” que fornecia informações a grupos de ativistas digitais, fomentando desinformação.

De acordo com a PF, os ministros Alexandre de Moraes, relator das investigações, Dias Toffoli, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso, atual presidente da Corte, foram alvos dessa vigilância. Em conversas reservadas, magistrados descreveram ao jornal O Globo a situação como “digna de preocupação” e “reveladora”.

No entanto, os ministros acreditam que as ações do grupo não conseguiram atingir seus objetivos. Apesar da mobilização para monitorar os integrantes do STF, nada comprometedor foi encontrado.

Um magistrado observou que o relatório da PF expõe a condução desorganizada das ações pela “Abin paralela”. As investigações indicam que o grupo chegou a discutir atos violentos contra Alexandre de Moraes, incluindo a possibilidade de um “tiro na cabeça” do ministro.

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